I SÉRIE — NÚMERO 20
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É um plano que será concretizado até ao final da Legislatura, mas que garante já um apoio público à melhoria
das condições de vida das crianças beneficiárias nesse escalão etário e um alargamento para novo escalão
desse apoio. Trata-se de um importante reforço, com uma previsão orçamental de 30 milhões de euros, que
concretiza não apenas uma estratégia de combate à pobreza infantil mas também uma política de apoio efetivo
à natalidade e à promoção da igualdade.
Aplausos do PS.
Também é por isso que este é um Orçamento com prioridades bem claras, como a renovação da proteção
social das pessoas com deficiência, para as quais as transferências públicas vão crescer 60 milhões de euros
no ano 2017, mais 20% do que em 2016, com o objetivo de combater a pobreza, de promover a inclusão no
trabalho e de ultrapassar os riscos de discriminação das pessoas com deficiência.
Aplausos do PS.
É também por isso que este é um Orçamento com prioridades bem claras, como a da política de atualização
de pensões, política essa que tem três características principais.
Em primeiro lugar, mantém a atualização das pensões com a fórmula legal, tal como em 2016, que está
prevista na lei e que resultou de um acordo em concertação social.
Aplausos do PS.
Em segundo lugar, melhora a eficácia social dessa fórmula alargando para mais cerca de 200 000 pensões
o primeiro escalão de atualização, aquele que, no mínimo, mantém o poder de compra. As pensões abaixo de
dois IAS (indexante dos apoios sociais), de cerca de 840 €, passaram a estar, com esta lei, protegidas contra a
inflação, mesmo em períodos de menor crescimento económico.
Em terceiro lugar, procede-se a uma revalorização de pensões para todos os pensionistas com pensões
abaixo de 1,5 IAS que viram a sua pensão congelada até 2015. Esta atualização, a efetuar em agosto, garante
uma subida do rendimento dos beneficiários até aos 10 € por comparação com o rendimento de pensões em
2016.
Esta é uma medida socialmente justa.
Aplausos do PS.
É uma medida socialmente justa por três razões principais: porque se orienta para pensões inferiores a 628
€, porque se dirige a pensões que perderam, nos últimos anos, poder de compra e porque dá uma resposta a
pensionistas com longas carreiras contributivas. Estas são as três razões da justiça desta política.
Aplausos do PS.
Questionar o facto de o Orçamento do Estado diferenciar positivamente, num quadro de atualização
generalizada do valor das pensões, uma pensão mínima de 303 € de alguém que, com 30 anos de carreira
contributiva, viu perder, entre 2010 e 2015, 7,3% do valor real da sua pensão, do seu poder de compra não é
politicamente aceitável.
Aplausos do PS.
Esses pensionistas, Sr.as e Srs. Deputados, perderam, face ao que seria a atualização do valor da inflação,
um mês de pensão. A redução do seu poder de compra traduziu-se em menos um mês da sua pensão. Repito:
para esses pensionistas, cerca de 1,5 milhões, trata-se de compensar parcialmente um corte real de rendimentos
que se pode equiparar a um corte de uma mensalidade da sua pensão.