26 DE NOVEMBRO DE 2016
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Estamos, por isso, perante um problema que se agravou durante o Governo PSD/CDS quando se perderam
4400 profissionais no Serviço Nacional de Saúde e quando a emigração se tornou a principal opção para muitas
pessoas que tanta falta faziam neste País.
Contra este problema, o Bloco de Esquerda apresenta a solução: propomos uma adenda ao Orçamento do
Estado, garantindo que, no próximo ano, se procederá ao recrutamento extraordinário de enfermeiros para o
Serviço Nacional de Saúde.
Esta é uma medida fundamental que colmata as necessidades do Serviço Nacional de Saúde e estamos
certos de que, com a sua aprovação e concretização, em 2017, conseguiremos construir um SNS bem melhor
para todas e para todos.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Em nome do Grupo Parlamentar do CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno
Magalhães, para uma intervenção.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o CDS apresentou ontem uma
proposta com vista a reforçar o número de efetivos das forças e serviços de segurança.
Fizemo-lo, como então dissemos, porquanto consideramos que a segurança deve continuar a constituir uma
prioridade e porque seria importante que o Estado pudesse honrar a palavra dada, nomeadamente em relação
ao concurso aberto pelo anterior Governo para admissão de 800 novos agentes para a PSP para que, assim,
pudesse também cumprir o estatuto que o anterior Governo acordou com as associações socioprofissionais e
que este Governo confirmou.
Fizemos, por isso, uma proposta que não era nem mais nem menos do que repor aquilo que tinha sido
acordado. Ou seja, estava prevista a admissão de 800 novos agentes, mas este Governo, unilateralmente, e
contra as legítimas expectativas, reduziu esse número para 300. Propusemos que fossem repostas as restantes
500 vagas para, assim, se honrar a palavra dada.
Infelizmente, e é bom que fique muito claro, Bloco de Esquerda, PCP e PS votaram contra e PSD absteve-
se.
Parece-nos bem evidente quem tem as prioridades muito claras, quem quer, de facto, que o País continue a
ser seguro e a ter forças de segurança prestigiadas e a quem isso parece absolutamente irrelevante.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, a Mesa continua a aguardar inscrições para podermos prosseguir o
debate. Caso contrário, passamos de imediato às votações.
Pausa.
Em nome do Grupo Parlamentar do PCP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Mesquita.
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Membros do Governo, o
PCP, mais uma vez, vem aqui falar dos assistentes operacionais, começando por dizer que a escola pública
sofreu severos ataques da política de direita, designadamente pela mão do PSD e do CDS. Bem nos lembramos
da sangria de 27 000 professores e de 23 000 assistentes operacionais por toda a Administração Pública entre
setembro de 2011 e setembro de 2015.
Protestos dos Deputados do PSD Duarte Filipe Marques e Amadeu Soares Albergaria.
É conhecida a situação de grande dificuldade das escolas quanto à falta de pessoal não docente. Trata-se
de um problema que não é de hoje, mas que foi agravado com esta política de ataque à escola pública.