I SÉRIE — NÚMERO 24
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O PSD queixa-se que o apoio para o hospital é insuficiente, mas, no ano passado, o Governo regional pagou
200 milhões de juros de mora aos empreiteiros amigos — aquele para o qual o anterior braço direito de Miguel
Albuquerque foi administrar e outro para o qual Miguel Albuquerque foi à África do Sul arranjar negócio.
O Governo regional é inimputável, mas a República dá aqui a solidariedade de que os madeirenses bem
precisam.
Aplausos do BE e do Deputado do PS Carlos César.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Margarida Balseiro Lopes.
A Sr.ª Margarida Balseiro Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs.
Deputados, na anterior Legislatura foi feita uma profunda revisão do sistema judicial, atacando problemas
estruturais do funcionamento da justiça, modernizando e criando novos mecanismos de composição de conflitos.
Aproximamo-nos, assim, desta forma, das melhores práticas internacionais.
Num Estado de direito, para a boa administração da justiça é fundamental que a celeridade e a especialização
sejam, efetivamente, uma realidade. Isto é importante para cidadãos, para empresas e para agentes
económicos, e, aqui, a Lei Geral Tributária e o Código de Procedimento e de Processo Tributário são peças
centrais, daí que o Partido Social Democrata tenha apresentado uma proposta para a revisão destes dois
diplomas, que, infelizmente, teve os votos contra dos partidos que suportam o Governo.
Damos hoje uma nova oportunidade para que se faça da revisão destes dois diplomas uma estratégia para
o ano de 2017.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado João Ramos.
O Sr. João Ramos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Secretários de Estado, na última alteração
ao Estatuto das Estradas da Rede Rodoviária Nacional, o PSD e o CDS introduziram a obrigação de realização
de levantamento e de regularização dos acessos existentes nas estradas nacionais. Depois, por portaria
publicada já após as eleições, definiram o valor a cobrar pelos acessos.
Essa cobrança está agora a acontecer e vem onerar as explorações agrícolas. É inaceitável que sejam agora
cobrados custos pela regularização das pré-existências, ainda mais porque não é possível apurar em que
situações foram feitas as expropriações para construção da estrada e em que condições foram construídos os
acessos, ou por que razões os títulos administrativos correspondentes aos acessos não existem.
É por isso que o PCP propôs que não haja custos para os titulares dos prédios onde se localizou os acessos
a regularizar, tal como propõe a suspensão dos procedimentos em curso para aplicação e cobrança de taxas
até à revisão dos termos dessa regularização, o que deve acontecer num prazo de 90 dias. Da mesma forma,
por proposta do PCP, se isentam as autarquias, serviços municipalizados e empresas de capitais
exclusivamente públicos de taxas de ocupação ou utilização da zona da estrada, em obras de captação e
distribuição de água e recolha e tratamento de efluentes, entre outros.
Esta é mais uma reversão no que fizeram o PSD e o CDS, que é importante para agricultores, populações e
autarquias.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares, do Grupo Parlamentar do CDS-PP.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
o investimento é um dos elementos mais decisivos para que Portugal possa ter um crescimento económico
sólido e sustentado.
Em 2014 e em 2015, com um modelo económico diferente do atual, o investimento cresceu, e cresceu sempre
de forma bastante sustentada.