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I SÉRIE — NÚMERO 24

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Protestos de Deputados do PSD.

Só um partido que recusa a ideia de que a Caixa Geral de Depósitos é um banco público, é um banco do

Estado, é que pode explicar por que motivo, no dia 31 de julho de 2015, Pedro Passos Coelho, na altura Primeiro-

Ministro, tenha vindo a público dizer que estava preocupado pelo facto de a Caixa não estar a conseguir pagar

os juros das obrigações convertíveis em ações ao próprio Estado.

Ora bem, Passos Coelho fez estas declarações na mesma altura em que sabia da derrocada do BANIF, e

sobre a derrocada do BANIF não disse uma única palavra.

Protestos do CDS-PP.

Mas teve a iniciativa de vir fragilizar a Caixa Geral de Depósitos para a praça pública, num ato de total

irresponsabilidade, num sinal negativo aos mercados financeiros e também ao mercado internacional!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O próprio Primeiro-Ministro de um Estado que é o único detentor da Caixa Geral de Depósitos veio fazer uma

declaração pública quanto ao próprio banco do Estado!

Isto diz tudo da estratégia que o PSD e o CDS sempre tiveram em relação à Caixa. A estratégia era fragilizar

a Caixa, abrir a porta para a entrada de privados na Caixa Geral de Depósitos, aproveitando as obrigações

convertíveis em ações, porque se a Caixa não conseguisse pagar essas obrigações ao Estado seria um privado

a entrar nesse lugar para assumir uma percentagem da Caixa Geral de Depósitos.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Essa estratégia de privatização só não teve sucesso porque uma nova maioria parlamentar emergiu nas

últimas eleições legislativas e os senhores encontraram aqui uma muralha contra a privatização da Caixa Geral

de Depósitos.

PSD e CDS andaram a dizer aos portugueses, durante quatro anos, que a União Europeia não aceitava que

se um Estado investisse na Caixa isso fosse considerado um investimento do próprio Estado no seu banco.

Pois bem, este Governo conseguiu convencer a União Europeia de que a capitalização da Caixa Geral de

Depósitos não é vista como uma despesa do Estado mas, sim, como um investimento do Estado no seu maior

ativo estratégico, económico e também do sistema financeiro — mérito deste Governo!

Os senhores andaram a dizer, durante quatro anos, que o Estado não tinha dinheiro para capitalizar a Caixa

Geral de Depósitos, mas ainda ontem verificámos que 90 000 portugueses adquiriram 1500 milhões de euros

de obrigações do próprio Estado, num sinal de confiança em relação a esta governação e, acima de tudo,

demonstrando que é possível capitalizar a Caixa também com o dinheiro público, também com a confiança dos

portugueses.

O plano de recapitalização da Caixa e o plano de negócios estão aprovados pela União Europeia. O que a

direita pretende é impedir o avanço do plano de recapitalização e do plano de negócios para a Caixa Geral de

Depósitos.

O voto contra do PSD à proposta de recapitalização pública da Caixa é um gesto de lamentável

irresponsabilidade num assunto tão sério para o País.

A nossa economia precisa de estabilidade no sistema financeiro. A nossa economia precisa de uma Caixa

forte, e esse é o nosso objetivo.

Portanto, PSD e CDS encontrarão sempre no Partido Socialista e neste Grupo Parlamentar uma muralha

contra a privatização da Caixa Geral de Depósitos.