I SÉRIE — NÚMERO 31
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O Sr. AntónioCarlosMonteiro (CDS-PP): — Apenas por puro preconceito é que os senhores não
acompanham nem a petição nem o projeto de resolução, que pretendem instituir o dia 31 de maio como o Dia
dos Irmãos, e digo «irmãos» no plural e não no singular para, tendo em conta uma chamada de atenção anterior,
corrigir o erro, pois as irmãs também estão em pé de igualdade, como é evidente.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Não havendo mais inscrições, vamos prosseguir com a discussão do
sexto e último ponto da nossa ordem de trabalhos de hoje, que consiste na apreciação da petição n.º 306/XII
(3.ª) — Apresentada por Ana Clara Zaluar Nunes Basílio e outros, solicitando à Assembleia da República que o
Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian permaneça na rede de equipamentos da
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria da Luz Rosinha.
A Sr.ª MariadaLuzRosinha (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Cumprimento a Sr.ª Ana Clara
Zaluar e, na sua pessoa, todos os peticionários.
A petição n.º 306/XII (3.ª) exprime uma preocupação que assiste a centenas de famílias e a qual o Partido
Socialista partilha, que é de que os atuais e futuros utentes do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral
Calouste Gulbenkian possam continuar a ter garantida a qualidade de apoio e acompanhamento que até agora
lhes tem sido proporcionada no âmbito da gestão pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Sabemos dos esforços que estão a ser feitos quer por parte do Governo, quer por parte do Instituto da
Segurança Social através do Centro Distrital de Lisboa.
Trata-se de um processo que tem associados problemas e nem todos eles são de fácil solução, pelo que
também se deve contar, desde logo, com o empenhamento de todas as entidades envolvidas. Por isso, gostaria
de destacar a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL), proprietária do espaço onde hoje funciona o
Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian.
O Partido Socialista entende que se trata de um problema que ultrapassa a mera questão do edificado, para
além dos custos envolvidos, e que devem ser feitos todos os esforços no sentido de ficarem salvaguardados os
interesses dos mais de 800 utentes que existem atualmente.
Reconhece-se a urgência de uma solução, já que a alteração introduzida ao artigo 4.º do Decreto-Lei n.º
68/2016 prorrogou o prazo de cedência temporária da gestão conferida à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
até 30 de setembro 2017.
Por fim, considera o Partido Socialista que, salvo melhor opinião, se deverá manter, independentemente do
equipamento social, no âmbito da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o serviço prestado, dada a sua
importância, a capacidade de resposta integrada de saúde e ação social.
Esperamos, pois, que as negociações que estão a decorrer entre as partes envolvidas possam chegar a bom
termo.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Anacoreta
Correia.
O Sr. FilipeAnacoretaCorreia (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Queremos começar
por saudar os principais responsáveis desta petição. É uma petição que dá conta, desde logo, da paciência que
estes peticionários têm tido, porque a petição é de 2013 e só agora, passados três anos, é que temos
oportunidade de a discutir em Plenário.
Sabemos que este é um processo já longo, é um processo em que inicialmente houve bastante resistência
a que este equipamento passasse do Instituto da Segurança Social para a Santa Casa da Misericórdia — aliás,
foi o Governo do Partido Socialista que, em 2011, iniciou este processo, transferindo este equipamento,
juntamente com outros, para o âmbito da Santa Casa da Misericórdia, e, desde então, verificou-se, por razões
que têm a ver com a avaliação da eficiência, que as instituições mais vocacionadas para determinadas aéreas