14 DE JANEIRO DE 2017
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A Assembleia da República, reunida em plenário, endereça sentidas condolências à família do Professor
Daniel Serrão, aos amigos, colegas e discípulos, com admiração pela sua vida e pela sua obra.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Peço, de novo, ao Sr. Secretário António Carlos Monteiro que proceda à leitura do voto n.º 196/XIII (2.ª) —
De pesar pelo falecimento de Luís de Azevedo Coutinho (CDS-PP).
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«Faleceu, no passado dia 22 de dezembro, Luís de Azevedo Coutinho, ex-Deputado à Assembleia da
República e dirigente histórico do CDS, aos 87 anos de idade, vítima de doença prolongada.
Natural do Porto, Azevedo Coutinho, engenheiro químico-industrial de formação, começa o seu percurso
político em 1974, ano em que adere ao CDS, logo após a sua fundação.
Desde cedo que a sua capacidade mobilizadora e tenacidade política o transformam numa figura de primeira
linha na implantação e dinamização do partido no distrito do Porto, juntamente com João Lopes Porto, Eugénio
Anacoreta Correia, Ruy Garcia de Oliveira, Walter Cudell e Manuel Cavaleiro Brandão.
O antigo dirigente político destacou-se como uma personalidade reputada e influente do partido, sobretudo
na primeira década da sua existência, tendo desempenhado vários cargos partidários, entre os quais os de
Presidente da Comissão das Relações Internacionais do CDS e de Presidente da Comissão Distrital do Porto.
Foi eleito Deputado à Assembleia da República em 1976, tendo assumido, nessa legislatura, o cargo de Vice-
Presidente da Comissão Parlamentar de Defesa.
Em 1979, volta a ser reeleito Deputado, mas acabaria por integrar o Executivo como Secretário de Estado
dos Negócios Estrangeiros, no curto Governo da primeira coligação da Aliança Democrática, liderada por
Francisco Sá Carneiro e Diogo Freitas do Amaral.
Um ano mais tarde, após a tragédia de Camarate, é convidado a suceder a Adelino Amaro da Costa, de
quem foi grande amigo, na pasta da Defesa Nacional. Durante o período em que exerceu essas funções, o
trabalho preparatório por si desenvolvido foi realçado como tendo sido decisivo para a elaboração posterior da
proposta de lei da defesa nacional e das forças armadas.
Homem de família e de cultura ficará na memória de todos pela sua força mobilizadora invulgar, pelo seu
refinado espírito político e, sobretudo, pela sua dedicação ao serviço público e às pessoas.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos, agora, ao voto n.º 198/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Guilherme Pinto (PS).
Por motivos óbvios, não será a Mesa a proceder à leitura deste voto, mas, sim, a Sr.ª Deputada Luísa
Salgueiro, a quem dou a palavra.
A Sr.ª Luísa Salgueiro (PS): — Muito obrigada, Sr. Presidente.
Queríamos, antes de mais, agradecer ao PAN o facto de ter retirado o seu voto e de se associar ao que o
PS apresentou e que passo a ler:
«Faleceu, na madrugada do passado domingo, Guilherme Manuel Lopes Pinto.
Nascido a 21 de abril de 1959, em Matosinhos, «cidade fantástica» como ele sempre, emocionadamente, a
apelidava e cujo espírito, como poucos, representou.
Guilherme Pinto licenciou-se em Direito pela Faculdade de Coimbra, tendo militado, desde muito jovem, nas
fileiras da Juventude Socialista.
Deputado à Assembleia da República pelo círculo eleitoral do Porto, aqui demonstrou, em inúmeros debates,
os seus dotes de grande tribuno e, principalmente, a coragem que logrou manter até ao fim.