I SÉRIE — NÚMERO 38
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Em 1989, entrou para a vereação da Câmara Municipal de Matosinhos, encontrando no exercício de funções
autárquicas o meio para se realizar como cidadão empenhado e fazer o que mais amava: estar próximo dos
cidadãos e servir a comunidade.
Em 2005, foi eleito presidente da autarquia, cargo que desempenhou até ao fim da vida, como independente
nos últimos três anos, mas sempre como socialista convicto e como alguém que, tendo saído episodicamente
do PS, quis fazer do regresso ao seu partido o seu último ato cívico e político.
A persistência, a generosidade, a criatividade e a solidariedade são qualidades que tornam Guilherme Pinto
uma das figuras mais singulares e extraordinárias a nossa vida cívica.
Guilherme Pinto transformou radicalmente o perfil de Matosinhos, conferindo-lhe um estatuto de
modernidade de que a cidade se orgulha e as suas instituições e as suas gentes se devem honrar, divulgando
e perpetuando a sua obra e a sua memória, fazendo de si um exemplo para os vindouros.
O seu prestígio como homem público ultrapassa largamente as fronteiras do município que serviu com total
dedicação e devoção.
Para além das funções exercidas na Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto desempenhou ainda
cargos de grande relevo nacional e internacional, entre os quais a presidência da Casa da Arquitetura — Centro
Português de Arquitetura, a presidência do Fórum Europeu para a Segurança Urbana (EFUS) e a presidência
do Conselho de Administração da Rede Europeia das Cidades e Escolas de Segunda Oportunidade.
Guilherme Pinto foi ainda membro do Conselho Político do Programa Europeu para a Sustentabilidade das
Cidades e Regiões, membro do Gabinete de Estudos do PS e do Conselho de Jurisdição Nacional da JS,
Secretário Coordenador e Presidente da Comissão Política do PS de Matosinhos, presidente da Comissão de
Jurisdição da Federação Distrital do Porto do PS, membro da Comissão Nacional do PS e vice-presidente da
Junta Metropolitana do Porto.
Personalidade ímpar, Guilherme Pinto deixa um rasto de prestígio em Matosinhos, a sua cidade, a que
dedicou a sua vida de cidadão empenhado, intelectual de rara envergadura e democrata convicto.
A morte dos que partem cedo demais deixa uma mágoa que nenhuma palavra consegue agasalhar. Foi breve
a passagem de Guilherme Pinto, mas é enorme o legado e as memórias que nos deixa.
É, pois, com profunda tristeza que a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, assinala o seu
falecimento, transmitindo à sua família aqui presente o mais sentido pesar.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, na sequência dos votos que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Peço, agora, ao Sr. Secretário Duarte Pacheco o favor de proceder à leitura do voto n.º 199/XIII (2.ª) — De
condenação pelo ataque terrorista em Jerusalém, Israel (PSD).
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, por lapso, não referiu que o voto também é apresentado
pelo CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Peço desculpa, Sr. Deputado.
Peço, então, ao Sr. Secretário Duarte Pacheco o favor de ler o voto n.º 199/XIII (2.ª) — De condenação pelo
ataque terrorista em Jerusalém, Israel (PSD e CDS-PP).
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor: