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18 DE JANEIRO DE 2017

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Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, ainda há poucos dias, como aqui foi salientado, o PSD não só pedia

essa diminuição da TSU como apelava a que outros sectores, designadamente o sector social, também nela

fossem incluídos. O líder do PSD fez mudar a opinião do Partido. Não acredito que o tenha feito só para contrariar

a opinião do ex-vereador da bancarrota da Câmara Municipal de Gaia, fê-lo, sobretudo, porque queria contrariar,

fosse como fosse, a posição assumida pelo Governo.

Aplausos do PS.

Sabemos que o PSD é contra o salário mínimo nacional, mas a posição do PSD é tão incompreensível que

não há parceiro social que a entenda e é objeto das maiores críticas de personalidades, designadamente

daquelas que historicamente têm sido sempre da área do PSD, e mesmo de alguns Deputados, que, aqui, são

condescendentes mas que fora deste Hemiciclo são bem menos condescendentes.

O líder parlamentar do PSD dizia, há poucos dias, que o que une a esquerda é fazer oposição ao PSD. Pois,

Sr. Deputado, o que vejo é que nem a fazer oposição à dita geringonça o PSD fica unido! Não há chicotada

psicológica que vos valha, o caminho é mesmo descendente.

Aplausos do PS.

Sr.as e Srs. Deputados e Sr. Primeiro-Ministro, o nosso País continua com dificuldades que se conjugam,

certamente, com outras tanto no plano europeu como no plano internacional, mas são, felizmente, já muitos os

sucessos que podemos contabilizar e que, ainda hoje, foram objeto de intervenção e demonstração no discurso

inicial do Primeiro-Ministro.

A economia portuguesa apresentou o dobro do crescimento da média da União Europeia a 28 e quase o

triplo da zona euro. Temos o maior PIB (produto interno bruto) per capita em toda a série estatística dos últimos

21 anos, as nossas exportações de bens e serviços atingiram, em termos reais, o maior valor de sempre.

Portugal teve, no último trimestre contabilizado, o maior crescimento do emprego da União Europeia, sete

vezes superior, e o maior dos últimos 15 anos. No último ano, tivemos menos cerca de 100 000 desempregados.

A confiança dos consumidores atingiu o melhor valor dos últimos 16 anos. Os últimos destaques do INE

(Instituto Nacional de Estatística) apontam para a continuação da melhoria da atividade económica nos serviços,

na indústria, nas exportações e importações, nas vendas de comércio a retalho, na produção industrial.

O défice público foi conseguido num valor extraordinário de 2,3%. Repito, 2,3%, a marca do sucesso do País,

a marca do ciúme do PSD e do CDS-PP.

Aplausos do PS.

Temos, portanto, progressos que devem ser valorizados, conhecidos e invocados para melhorar a nossa

imagem externa e para obstar a movimentos negativos dos mercados, como os que determinam hoje taxas de

juro muito elevadas. Não ignoramos o que nos prejudica nessa avaliação dos mercados: o nosso elevado

endividamento público e privado, que herdámos, e os problemas no sector financeiro, que também chegaram a

este Governo. Por isso, temo-nos empenhado na solução desses problemas.

O que depende de nós está a ser feito e está a ser bem feito!

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, termino dizendo que é nesses esforços que

temos de ter sucesso, sem perder o sentido reformador do Estado, o sentido da prioridade do apoio ao

investimento e a dimensão social das nossas políticas em 2017. É neste sentido, Sr. Primeiro-Ministro, que o

instamos e que o estimulamos a prosseguir.

Temos de provar, no País e na Europa, que é possível ser-se rigoroso na gestão financeira e ousado na

justiça social. Esta deve ser a grande conquista portuguesa, a grande conquista deste Governo.

Aplausos do PS.