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I SÉRIE — NÚMERO 39

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Pois, agora, a medida abrange as IPSS e abrange as empresas e o PSD, que

queria mais, agora, afinal, não quer nada, nem para as empresas nem sequer para as IPSS.

Aplausos do PS.

É, de facto, incompreensível, com racionalidade e seriedade, a posição do PSD!

Mas o mais extraordinário é agora percebermos bem que o que está aqui em causa não são as convicções,

nem a orientação programática. O que está aqui em causa é que o PSD está convencido de que o acordo que

o PS assinou com o PCP, com o Partido Ecologista «Os Verdes» e com o Bloco de Esquerda era um acordo

como aquele que o PSD tinha com o CDS, onde cada um tinha de meter na gaveta a sua identidade e fingir que

não tinha divergências e onde cada um tinha de dar por revogado aquilo que tinha vindo à televisão jurar que

seria irrevogável.

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ora, aquilo que é a base de entendimento desta maioria não tem a ver com esse

cinismo politiqueiro,…

Protestos da Deputada do CDS-PP Assunção Cristas.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Eu ouvi bem?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … tem a ver com uma base de seriedade em que cada um mantém a sua

identidade, respeita a identidade dos outros, sabe e cumpre o que acordou fazer em conjunto…

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Gostaria de conseguir terminar…

O Sr. Presidente: — Faça favor de prosseguir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Como eu dizia, o entendimento desta maioria tem a ver com uma base de

seriedade em que cada um mantém a sua identidade, respeita a identidade dos outros, sabe e cumpre o que

acordou fazer em conjunto e respeita aquilo que sabemos não poder fazer em conjunto.

Agora, o PSD, se julga que cria um problema na maioria e na estabilidade governativa…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — … ao apoiar o Bloco de Esquerda ou o PCP cada vez que tomarem uma posição

ou apresentarem uma proposta que não seja acompanhada pelo Governo ou pelo PS, ainda se arrisca a ter

grandes dissabores.

O Sr. Presidente: — Agradeço que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isto porque, convém não esquecer, há, de facto, identidades diversas e respeito

pela posição de cada um.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — O que não há é respeito pelos parceiros sociais!