I SÉRIE — NÚMERO 43
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Foi uma reforma feita, desde logo, porque foram assumidos compromissos internos e compromissos
internacionais…
A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Já não há troica!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — … e foi uma reforma, toda ela,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Quando os senhores estavam no Governo quem mandava em Portugal era a
Alemanha!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — … para que as nossas empresas e a nossa economia fossem,
efetivamente, sustentáveis, porque sem empresas competitivas, sem uma economia competitiva, não há postos
de trabalho.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Há um outro aspeto muito importante a ter em conta, Srs.
Deputados: não ignorem aquilo que é dito no relatório da OCDE (Organização de Cooperação e de
Desenvolvimento Económico), um relatório muito recente, que foi apresentado na semana passada e onde se
diz, claramente, que as reformas à legislação laboral foram na direção certa.
Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.
Diz-se ainda no relatório que Portugal conseguiu melhorias significativas nas taxas de emprego e
desemprego, melhores do que o esperado. Repito, melhores do que o esperado.
Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.
Srs. Deputados, apelo a que se centrem nas questões essenciais, que apoiem políticas públicas de apoio ao
emprego, que apoiem políticas públicas de apoio à economia, ao crescimento da economia, que se preocupem
com o interesse nacional…
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — O interesse nacional também é o interesse dos trabalhadores!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — … e que ponham de lado, que abandonem, de uma vez por todas,
este populismo que se torna muito perigoso.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma segunda intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Riso.
O Sr. Rui Riso (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Uso da palavra apenas para prestar dois ou
três esclarecimentos, que penso não ter sido capaz de transmitir.
Relativamente àquilo que diz respeito à concertação social, é para resolver em concertação social;
relativamente àquilo que diz respeito às funções públicas, obviamente, é para negociação entre o Governo e
sindicatos, como penso que sempre foi assim que deveria ter sido, e não foi.
Pedi a palavra apenas para dar estes dois esclarecimentos. Penso que não há dúvidas relativamente a esta
matéria, quer quanto ao princípio de base e ao que defendemos no que toca aos dias de férias, quer quanto à
forma como eles devem ser concretizados, sobretudo sempre através da contratação coletiva e, no caso do
setor privado, primeiro, passando pela concertação social.
Aplausos do PS.