2 DE MARÇO DE 2017
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Ouvindo o Sr. Deputado do CDS António Carlos Monteiro dizer que o CDS tem tanto respeito pelos
formadores,…
O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — E faz concursos!
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — … recordo que, à data, o Ministro era do CDS e que, durante três anos, não
respondeu à Assembleia da República exatamente sobre o que estamos a discutir em 2017, a petição sobre a
situação dos formadores do IEFP.
Aplausos do PCP.
É verdade que não houve um despedimento, no sentido de que não foi um despedimento formal, porque
estes trabalhadores não tinham um contrato e porque, desde a década de 90, o IEFP e os sucessivos governos
têm plasmado a sua política na contratação dos formadores ora através de contratos a termo, ora através de
falsos recibos verdes.
Mas não deixa de ser curioso que a Sr.ª Deputada Sandra Pereira, do CDS, tenha lido…
Vozes do PSD: — Não é do CDS, é do PSD!
A Sr.ª RitaRato (PCP): — Peço desculpa, do PSD… mas é quase a mesma coisa nos dias que correm!
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Como estava a dizer, não deixa de ser curioso que a Sr.ª Deputada Sandra Pereira, do PSD, tenha lido a
resposta…
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Até parece que, hoje em dia, chamar CDS ao PSD é um insulto, quando, durante quatro anos, estiveram no
Governo a partilhar esta política, Srs. Deputados!
A verdade é que não deixa de ser curioso que a Sr.ª Deputada, quando leu a resposta do anterior Governo,
só não tenha lido a alínea mais importante dessa resposta. É que a alínea mais importante da resposta do
anterior Governo, a alínea d), sobre o objetivo do concurso de contratação de formadores, dizia que um dos
objetivos era somente o de reduzir a despesa pública através da mobilidade de professores disponíveis no
quadro do Ministério da Educação e Ciência.
Veja bem, Sr. Deputada Sandra Pereira: leu todas as alíneas menos aquela que dizia qual era a verdadeira
intenção do anterior Governo relativamente à contratação de formadores e professores, com horário zero, nos
quadros do Ministério da Educação.
Protestos do Deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro.
Sr. Presidente, sobre isto, quero dizer que entendemos que é inaceitável que, desde a década de 90, o
Instituto do Emprego e Formação Profissional não tenha um quadro de pessoal estável que garanta as
necessidades permanentes do sistema público de emprego.
Entendemos e reconhecemos que há necessidades de formação que podem ser transitórias, mas, Srs.
Deputados, a globalidade das situações é permanente. Por isso mesmo, entendemos que a um posto de trabalho
permanente deve corresponder um vínculo efetivo, pelo que temos trabalhado nesse sentido para que, no
quadro do processo que está em curso relativamente à regularização, se consiga vincular os trabalhadores do
IEFP, formadores e outros, que respondam a necessidades permanentes do IEFP.
Fazemo-lo conta a vontade do PSD e do CDS,…
O Sr. AntónioCarlosMonteiro (CDS-PP): — E do PS, já agora!|