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22 DE ABRIL DE 2017

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O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Está explicado!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — A Sr.ª Deputada pretende não questionar o que este Governo está a fazer,

mas dizer que devia ser o seu Governo a fazer esta venda.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — O PCP opõe-se à venda, seja qual for o Governo que a protagoniza. E, neste

caso, opõe-se e traz à Assembleia da República a possibilidade de a travar nos termos em que está prevista e

de integrar o banco no setor público bancário, que é aquilo que o PCP defendeu desde o primeiro momento.

O PCP não andou a inventar agora uma forma de escrever a sua posição de maneira a que o CDS não a

apoie. O CDS nunca a apoiou e a posição do PCP foi sempre a mesma, Sr.ª Deputada.

Sr. Deputado Leitão Amaro, pensei que até para o PSD haveria limites para a desonestidade, mas enganei-

me, uma vez mais.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira terminar.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

O Sr. Deputado Leitão Amaro não está a propor que os bancos paguem mais. O Sr. Deputado está a propor

que o empréstimo que o Estado fez ao Fundo de Resolução não seja reavido, porque o torna insolvente. Quando

se tratou de aumentar a contribuição dos bancos para o Fundo de Resolução, como votou o seu partido, Sr.

Deputado? Votou contra!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Uma vergonha!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Teremos tempo, no futuro, para aumentar essa contribuição.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem mesmo de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Vou mesmo terminar, Sr. Presidente.

Srs. Deputados, não há tiros de pólvora seca. O PCP propõe, como sempre propôs, a integração do Novo

Banco na esfera pública. Se há aqui tiros de pólvora seca, são daqueles que se dizem contra a venda, mas que

vão inviabilizar o projeto do PCP.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma última intervenção em relação a este ponto da ordem

de trabalhos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queria apenas notar que

compreendemos, no momento atual, a irrelevância política do PSD e do CDS, quando tudo o que têm para

apresentar são tentativas de provocação. Nada mais do que isso!

Toda a política do PSD e do CDS se resume a tentativas de provocação da maioria parlamentar.

Protestos de Deputados do PSD.