28 DE ABRIL DE 2017
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Em primeiro lugar porque está repartida por muitos ministérios e por imensas entidades; em segundo lugar
porque não existe uma linha clara para o futuro; em terceiro lugar, porque a água ainda é vista como um recurso
ilimitado e barato pelas populações.
O preço da água em Portugal terá de observar incrementos significativos nos próximos anos. Por razões que
se prendem com os investimentos a realizar; por razões que se prendem com o equilíbrio tarifário unitário; e por
razões que se impõem pela visão integral do ciclo.
A gestão dos recursos hídricos portugueses teve, entre 2005 e 2009, uma reorganização das administrações.
Mas as inovações verificadas não foram mais do que a burocratização e o encarecimento dos licenciamentos.
Se perguntarmos qual é o número de furos e poços licenciados em Portugal não conseguiremos obter uma
resposta; se perguntarmos quantas ações de fiscalização foram realizadas para combater a captação ilegal não
temos qualquer resposta; se perguntarmos qual o nível médio de perdas de rede, em cada uma das unidades
de exploração, a resposta é enganadora.
Por outro lado, o País não deu um salto significativo na integração de sistemas em baixa. Se a concentração
em alta carece ainda de uma atenção que a leva à integração total, as redes em baixa não são prioridade
municipal geral. A água é, ainda, um instrumento de apoio social que já não encontra sustentação legal ou
económica.
A atenção ao tratamento das águas residuais é outro dos universos sem destino. Não podem os fundos
comunitários continuar a financiar a coleção sem que ela se revele sustentável a prazo, como também não é
possível continuarmos a observar a junção das redes de esgotos e de águas pluviais sem uma preocupação de
futuro.
Por último, as regras construtivas não se encontram atuais na poupança. Muito menos se encontram
perscrutadoras de inovações no uso e aproveitamento da água. Esta é tarefa urgente para que a construção e
a reabilitação possam ser amigas da poupança.
O Parlamento debate as questões da água. Porém, não o faz no sentido de futuro. Fá-lo para o hoje que é
muito diferente do amanhã exigente que importa ponderar.
O Deputado do PS, Ascenso Simões.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.