24 DE JUNHO DE 2017
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Ecossistema humanizado de alto valor natural, situado no distrito de Beja, Castro Verde é a 11.ª Reserva da
Biosfera e a primeira a sul do Tejo, em Portugal, classificada como área territorial de proteção dos recursos
naturais.
Ao longo das últimas décadas, a aposta na preservação da biodiversidade e dos valores naturais, culturais
e paisagísticos, conferiram a Castro Verde uma diversidade única e específica, e permitiram criar uma identidade
que é a marca do concelho.
A vitória desta candidatura, promovida pela Câmara Municipal de Castro Verde, pela Associação de
Agricultores do Campo Branco e pela Liga para a Proteção da Natureza, veio assim reconhecer a forma de ser
e de estar deste território, onde impera a harmonização entre a atividade agrícola e a conservação da paisagem
e da natureza.
A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, congratula-se com a classificação de Castro Verde
como Reserva da Biosfera da UNESCO.
O Sr. Presidente: — Passamos à votação do voto n.º 347/XIII (2.ª) — De congratulação pela classificação
de Castro Verde como Reserva da Biosfera da UNESCO (Os Verdes).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
É o seguinte:
A candidatura de Castro Verde a Reserva da Biosfera foi aprovada, no passado dia 14, em Paris, pelo
Conselho Internacional de Coordenação do Programa O Homem e a Biosfera (Man and the Biosphere—MaB)
da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) que visa classificar áreas
territoriais para «a conservação da biodiversidade, a melhoria da qualidade de vida das populações e a
promoção do desenvolvimento económico sustentável».
Castro Verde, com a classificação agora conseguida, torna-se a 11.ª Reserva da Biosfera e a primeira a sul
do rio Tejo, em Portugal, a ser inscrita na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO.
Esta importante classificação acaba por ser o reconhecimento do trabalho realizado pelo município de Castro
Verde, que soube agregar esforços e que, em conjunto com a Liga para a Proteção da Natureza (LPN) e a
Associação dos Agricultores do Campo Branco, promoveu e dinamizou a candidatura.
O reconhecimento, por parte da UNESCO, de Castro Verde como Reserva da Biosfera vem ainda confirmar
que é possível compatibilizar a conservação da natureza, a paisagem, a preservação do ecossistema, a
identidade cultural e social e a gestão dos instrumentos de ordenamento do território com o desenvolvimento
económico sustentável, que se tem traduzido na manutenção da maior área da estepe cerealífera do nosso
País, criada por práticas centenárias de uma agricultura extensiva, que levou à formação de um riquíssimo
mosaico de habitat, onde se incluiu uma comunidade de duas centenas de espécies de aves, com destaque
para a abetarda, o sisão e o peneireiro-das-torres.
Castro Verde viu, assim, reconhecido o seu esforço, que assenta sobretudo num agroecossistema
sustentável, com todos os benefícios que daí decorrem, sobretudo no combate à desertificação e às alterações
climáticas.
Pela importância que a classificação de Castro Verde como Reserva da Biosfera representa, não só para o
município, mas também para o nosso País, no que diz respeito, nomeadamente, à conservação da natureza, à
preservação dos ecossistemas e ao nível do desenvolvimento sustentável, a Assembleia da República, reunida
em sessão plenária a 23 de junho de 2017, congratula-se pela classificação de Castro Verde como Reserva da
Biosfera da UNESCO e saúda todos os envolvidos na respetiva candidatura, nomeadamente o município de
Castro Verde, a Liga para a Proteção da Natureza e a Associação dos Agricultores do Campo Branco.
O Sr. Presidente: — Vamos, agora, votar o voto n.º 348/XIII (2.ª) — De congratulação pela classificação do
concelho de Castro Verde como Reserva da Biosfera (PCP).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.