I SÉRIE — NÚMERO 16
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Esta nota máxima reconhece o trabalho que temos feito na transparência das atividades económico-
financeiras, qualificando Portugal como um País onde é seguro investir e onde a preocupação com a origem dos
fundos investidos é levada muito a sério. Isto é da maior importância para a credibilidade do nosso sistema
financeiro.
A prossecução destes objetivos só se consegue com uma Administração Pública mais motivada — com
carreiras que incentivem um desempenho de excelência dos trabalhadores dos serviços públicos, com uma
visão colaborativa em que cada um possa participar no seu desenvolvimento, sem estigmas, com sentido de
pertença.
O Orçamento que apresentamos é, assim, um Orçamento de rigor. Ninguém entenderia se assim não fosse.
O futuro constrói-se a partir da redução do endividamento, com investimento de qualidade e com o progresso
técnico incorporado, mas também da melhoria dos serviços públicos, sejam eles de saúde, educação ou
transportes.
O Orçamento do Estado para 2018 é um orçamento de futuro, para o futuro de Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr. Ministro, inscreveram-se 16 Srs. Deputados para pedir esclarecimentos.
Pausa.
Sou informado que o Sr. Ministro vai responder individualmente aos primeiros seis Srs. Deputados e os
restantes serão em grupos de cinco.
Tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro e demais
Membros do Governo, Sr. Ministro das Finanças, o senhor e a sua política personificam, como muito poucos,
aquele lema do economista famoso que dizia que, no longo prazo, estamos todos mortos. No entanto, esse lema
tem uma alteração: para si, no médio prazo, estamos todos mortos ou, melhor ainda, não existe amanhã.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS):— Francamente!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Como não existe amanhã, o que interessa é o presente, o que interessa é,
pura e simplesmente, a boa publicidade de algumas medidas e retirar apoio imediato para o Governo.
O Sr. CristóvãoNorte (PSD): — Muito bem!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Por isso, Sr. Ministro, este Orçamento não tem uma única medida destinada
à economia, às empresas, à criação de riqueza. E, Sr. Ministro, quem o diz não sou eu, não é só a bancada do
PSD;…
O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — É também a do CDS!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … todas as confederações empresariais repetem-no.
A CIP (Confederação Empresarial de Portugal), confederação da indústria, diz que este Orçamento
dececiona as empresas e que sabe a pouco; a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP),
confederação do comércio, diz que está desiludida com o Orçamento, porque é incipiente em relação a matérias
relacionadas com as empresas;…
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Que dizer dos vossos!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … a Confederação dos Serviços de Portugal (CSP), confederação dos
serviços, diz que este Orçamento não faz consolidação orçamental,…