I SÉRIE — NÚMERO 24
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Mahmoud Darwish, Jerusalém é hoje uma perda para os palestinianos, que a perderam e, por isso mesmo, ali
se reveem no mesmo cativeiro da Babilónia que os judeus sofreram.
Estes caminhos são trilhados em conjunto pelas pessoas inocentes, que não têm culpa dos dirigentes maus
ou bons que têm, que não têm culpa daqueles que tomam decisões que os afetam diariamente e que os fazem
perder a vida. Essas pessoas é que devem estar na prioridade de todos os decisores políticos e de todos aqueles
que encaram as decisões internacionais como relevantes.
Por isso é que hoje, enquanto País amigo dos Estados Unidos, não nos devemos inibir…
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Como dizia, não nos devemos inibir de condenar e dizer muito claramente que esta decisão vem ao arrepio
de tudo o que são as boas práticas de direito internacional.
Não é de estranhar que o Secretário-Geral das Nações Unidas, o Papa Francisco, os aliados dos Estados
Unidos da América tenham condenado esta opção…
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Como dizia, não é de estranhar que tenham condenado esta opção, porque ela efetivamente nada traz de
positivo para a paz, nada traz de positivo para a região, nada traz de positivo para o mundo e devemos encarar
conjunta e unanimemente esta condenação, porque ela não condena nenhum dos dois Estados, não condena
nenhum dos cidadãos, condena apenas um ato unilateral que desequilibra e prejudica a vida de todos.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, estamos, pois, em condições de passar à votação destes votos.
Vamos votar o voto n.º 450/XIII (3.ª) — De condenação pelo reconhecimento de Jerusalém como capital do
Estado de Israel pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, apresentado pelo BE, pelo PS
e pelo PAN e subscrito por Deputadas do PSD.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do BE, do CDS-PP, do PCP, de Os
Verdes e do PAN, votos contra de 2 Deputados do CDS-PP (João Rebelo e Teresa Caeiro) e abstenções de 1
Deputado do PS (João Soares) e de 6 Deputados do CDS-PP (António Carlos Monteiro, Cecília Meireles, Filipe
Lobo d’Ávila, Hélder Amaral, Pedro Mota Soares e Telmo Correia).
Passamos à votação do voto n.º 451/XIII (3.ª) — De condenação do reconhecimento pelos EUA de Jerusalém
como capital de Israel, apresentado pelo PCP.
Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD, do CDS-PP e de 4 Deputados do PS (Fernando
Rocha Andrade, João Soares, Miranda Calha e Rosa Maria Albernaz), votos a favor do BE, do PCP, de Os
Verdes e de 6 Deputados do PS (Bacelar de Vasconcelos, Carla Sousa, Constança Urbano de Sousa, Isabel
Alves Moreira, Ivan Gonçalves e Marisabel Moutela) e abstenções do PS e do PAN.
Votamos agora o voto n.º 454/XIII (3.ª) — De preocupação pela decisão dos Estados Unidos de transferir
para Jerusalém a sua embaixada em Israel, apresentado pelo PSD e pelo CDS-PP e subscrito por Deputados
do PS.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do BE, do CDS-PP e do PAN e
abstenções do PCP, de Os Verdes e de 1 Deputado do PS (João Soares).
O Sr. Paulo Pisco (PS): — Peço a palavra, Sr. Presidente.