I SÉRIE — NÚMERO 43
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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Jornalistas, Sr.as e Srs.
Funcionários, vamos dar início aos nossos trabalhos.
Eram 15 horas e 5 minutos.
Peço aos Srs. Agentes de autoridade o favor de abrirem as portas das galerias.
Srs. Deputados, antes de darmos início ao debate quinzenal com o Sr. Primeiro-Ministro, queria anunciar que
se encontra na tribuna do corpo diplomático uma delegação da Assembleia Nacional da República da Eslovénia,
dirigida pelo respetivo Presidente, Milan Brglez, para quem peço uma calorosa saudação.
Aplausos gerais, de pé.
Sr.as e Srs. Deputados, vamos, então, dar início aos trabalhos de hoje, que consiste no debate quinzenal com
o Sr. Primeiro-Ministro, ao abrigo da alínea b) do n.º 2 do artigo 224.º do Regimento.
No caso concreto de hoje, cabe ao Grupo Parlamentar do CDS-PP iniciar as perguntas.
Antes de dar a palavra à Sr.ª Deputada Assunção Cristas, pedia aos Srs. Deputados que criassem as
condições acústicas necessárias para que a Sr.ª Deputada se possa fazer ouvir.
Pausa.
Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, como questão prévia, deixe-
me colocar-lhe uma pergunta sobre um tema deste dia de hoje e que tem a ver com o aumento das comissões
na Caixa Geral de Depósitos, que tem — e bem — um único acionista, que é o Estado português. A minha
pergunta é se isto deve ou não fazer alguma diferença em relação a outros bancos no que diz respeito à política
de comissões.
Quero também perguntar se, para o Sr. Primeiro-Ministro, é aceitável que haja mais este aumento de
comissões, que afeta, em particular, as pessoas que recorrem aos balcões da Caixa, normalmente os mais
idosos, e se é aceitável que os portugueses, e esses mais idosos também, paguem, por um lado, a
recapitalização da Caixa e, por outro, ainda tenham que pagar mais comissões.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro (António Costa): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, permita-me
que, antes de responder à sua pergunta de hoje, regresse ao nosso debate de há 15 dias, em que tivemos aqui
uma disputa sobre o número de USF (unidades de saúde familiar) criadas durante o ano de 2017.
Como não fui rigoroso na identificação dos números quanto às USF criadas em 2017, trago-lhe hoje a lista
com as moradas e os números de telefone das 18 USF criadas em 2017, mais o despacho, entretanto publicado
em Diário da República, que ratifica a criação das restantes cinco USF que, estando criadas, não estavam ainda
em funcionamento. Deixo-lhe aqui a lista e o despacho, e ficamos assim precisados.
Aplausos do PS.
Quanto à questão que colocou, disse, e bem, que o Estado é acionista, é até o único acionista da Caixa Geral
de Depósitos. Como tenho tido condições de dizer várias vezes, eu não entendo a função acionista do Estado
como devendo intervir nos atos de administração das empresas do Estado. Nós avaliaremos a administração
da Caixa Geral de Depósitos pelos seus resultados — brevemente, serão apresentados resultados do primeiro
ano —, mas não nos pronunciamos, nem nunca me pronunciarei, sobre atos isolados de administração, porque
nesse caso deixaríamos de ser acionistas e passaríamos a ser administradores da Caixa Geral de Depósitos. E