2 DE FEVEREIRO DE 2018
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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, peço-lhe que mostre rapidamente os gráficos,
porque já ultrapassou o seu tempo.
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Vou terminar rapidamente, Sr. Presidente.
Neste momento, a oradora exibiu três gráficos.
O primeiro gráfico diz respeito ao investimento público no ano de 2016 e mostra-nos, analisando o que estava
previsto e o que foi executado, que palavra dada não foi palavra honrada nem cumprida.
O segundo gráfico diz respeito a 2017 e, mais uma vez, podemos ver o que foi prometido no Orçamento e o
que foi executado.
Mas o pior de tudo, Sr. Primeiro-Ministro — para o poupar, não vou referir todos os números relativos às
quebras do investimento —, é que, em qualquer ano do seu Governo, o investimento público, que o senhor
defendia tanto, está abaixo do nível alcançado em 2015.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Aqui tem, Sr. Primeiro-Ministro, a tal austeridade escondida e
encapotada, que afeta a saúde, que afeta a educação, que afeta os transportes públicos, que afeta a segurança,
e seria bom que o reconhecesse.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem agora a palavra, para formular perguntas, o Sr. Deputado
Hugo Soares, do PSD.
O Sr. HugoLopesSoares (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.
Primeiro-Ministro, começo por saudar as portuguesas e os portugueses, as empresas portuguesas e o Governo
pelos números conhecidos do desemprego. Não nos custa nada, ao contrário do que era a prática das oposições
anteriores em tempos bem mais difíceis, reconhecer o que de bom tem acontecido ao País. Creio que essa é
até uma grande diferença, pelo que folgo que haja essa distinção.
O Sr. JoãoGalamba (PS): — É que agora acontecem coisas boas e antes não aconteciam!
O Sr. HugoLopesSoares (PSD): — Ao contrário dos apartes que vou ouvindo, o Sr. Primeiro-Ministro sabe
— há Deputados que não saberão — que a taxa de desemprego vem descendendo desde fevereiro de 2013, o
que tem a ver, naturalmente, com o crescimento económico, com um novo ciclo económico, com as reformas
estruturais que se fizeram na legislação laboral e que procuram trazer investimento para Portugal e dar
competitividade à nossa economia. É por estas vias que a taxa de desemprego tem vindo a descer.
A estabilidade da legislação laboral é fundamental para que tudo isto possa concorrer para que tenhamos
cada vez mais portugueses empregados — infelizmente, ainda há muitos com baixos salários, ao contrário da
narrativa de toda a maioria que suporta o Governo.
Sr. Primeiro-Ministro, nesta semana, foi dada a primeira grande machadada na estabilidade da legislação
laboral no que diz respeito quer à proteção dos trabalhadores, quer à captação de investimento estrangeiro.
Pergunto-lhe se está de acordo com o sentido de voto do Partido Socialista a respeito das alterações ontem
introduzidas na legislação laboral.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.