I SÉRIE — NÚMERO 49
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O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, concluída a interpelação ao Governo n.º 17/XIII (3.ª),
vamos dar início ao período regimental de votações.
Assim, peço aos serviços o favor de prepararem o sistema eletrónico para se proceder à verificação do
quórum de deliberação e aos Srs. Deputados o favor de se registarem.
Pausa.
Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 196 presenças, às quais se acrescentam as dos Srs. Deputados
Mariana Mortágua, do BE, Pedro Alves, do PSD, e Telmo Correia, do CDS-PP, perfazendo 199 Srs. Deputados
presentes, pelo que temos quórum de deliberação.
Começamos com o voto n.º 484/XIII (3.ª) — De pesar pela morte de Raul Hestnes Ferreira, apresentado pelo
BE e subscrito por Deputados do PS.
Peço ao Sr. Secretário Moisés Ferreira o favor de proceder à leitura do voto.
O Sr. Secretário (Moisés Ferreira): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Raul Hestnes Ferreira morreu no domingo passado, em Lisboa, com 86 anos. O arquiteto, filho do escritor
José Gomes Ferreira, projetou, entre outros edifícios, a Casa da Cultura de Beja, a Faculdade de Farmácia da
Universidade de Lisboa, o novo edifício do ISCTE, a Biblioteca de Marvila e a Casa de Albarraque.
Hestnes Ferreira fez ainda o projeto de renovação do café Martinho da Arcada e a remodelação do Museu
de Évora. Esteve entre os finalistas a concurso para a Ópera da Bastilha, em Paris. Entre os projetos
habitacionais contam-se o do bairro das Fonsecas e Calçada, em Alvalade, em Lisboa, criado no âmbito das
brigadas SAAL, e o das Cooperativas Unidade do Povo e 25 de Abril, que remonta a 1975.
Recebeu o Prémio Nacional de Arquitetura e Urbanismo, o Prémio Nacional de Arquitetura da antiga
associação de arquitetos e o Prémio Valmor.
Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o pesar pela morte de Raul
Hestnes Ferreira e endereça uma mensagem de pesar à sua família».
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 484/XIII (3.ª), que acabou de ser
lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos ao voto n.º 485/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Natália Nunes, apresentado pelo PS.
Para proceder à leitura do voto, tem a palavra a Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Faleceu no passado dia 13 de fevereiro a escritora Natália Nunes.
Romancista, memorialista, dramaturga, ensaísta e tradutora, Natália Nunes nasceu em Lisboa a 18 de
novembro de 1921 e estreou-se em 1952 com o livro de memórias Horas Vivas. Posteriormente, destacou-se
através de romances como Autobiografia de uma mulher romântica e A Vénus Turbulenta. Construiu uma das
mais vastas obras como contista com títulos como Ao menos um Hipopótamo, As Velhas Senhoras e Loucura
por Sapatos.
Durante os anos da ditadura, Natália Nunes destacou-se pela sua resistência antifascista e como membro
da direção da Sociedade Portuguesa de Escritores, que viria a ser encerrada pela PIDE, em 1965.
Ademais, traduziu para português grandes nomes da literatura universal, como Tolstoi, Simonov ou Elsa
Triolet, trabalhando com editoras como a Portugália ou a Edições Cosmos.
Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, no dia 15 de fevereiro de 2018, manifesta o seu
pesar pelo falecimento de Natália Nunes e endereça aos seus familiares e amigos as suas sentidas
condolências».
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Passamos à votação do voto n.º 485/XIII (3.ª), que acabou de ser lidi.