23 DE MARÇO DE 2018
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O Sr. António Costa Silva (PSD): — Mas eles não faliram!
O Sr. João Galamba (PS): — Posso terminar de falar?
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Pode, pode!
O Sr. João Galamba (PS): — Sobre a política de inovação, vou avisar o Deputado Pedro Mota Soares de
que vou dar-lhe uma novidade, vou fazer uma coisa exatamente igual à que fez, ontem, José Sócrates: vou
respirar e vou emitir palavras.
Risos do PSD e do CDS-PP.
Já agora, se está tão preocupado em que o discurso de inovação seja igual ao de José Sócrates, o melhor
é enviar um e-mail ao ex-Secretário de Estado do vosso Governo, que é atualmente comissário europeu,
nomeado pelo vosso Governo, para mudar o seu discurso,…
Aplausos do PS.
… porque isto de falar de inovação, produtividade e investimento em inovação é igual a José Sócrates. E,
portanto, o melhor é proibir toda a gente de falar destes temas, talvez assim se resolvam os problemas do Sr.
Deputado Pedro Mota Soares.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E o visitingscholar?!
O Sr. João Galamba (PS): — Voltando ao tema…
Protestos do Deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares.
O Sr. Deputado foi visiting scholar na segurança social e esse foi o problema da segurança social, Sr.
Deputado!
Risos do PS.
Protestos do Deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares.
Sobre inovação, o Partido Socialista discorda radicalmente do PSD e do CDS, numa matéria central para
este debate.
Os Srs. Deputados parecem achar que é libertando as empresas, que é saindo o Estado do caminho, que
grandes dinâmicas de inovação se vão criar no terreno. Ora isso tem um problema, Srs. Deputados, é que isso
não aconteceu em nenhum país e, curiosamente, mesmo governos de direita na Europa apostam em centros
de transferência tecnológica, com um papel fundamental do Estado. Portanto, os Srs. Deputados é que têm um
discurso conservador e passadista, porque nem mesmo os partidos da vossa família política defendem essas
posições sobre inovação.
Aplausos do PS.
Não há uma dicotomia entre o setor privado, de um lado, e o Estado, do outro,…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, tem de terminar.