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I SÉRIE — NÚMERO 63

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Se é preciso menos trabalho humano para produzir o mesmo, então que se reduzam os horários, que se

aumentem os salários, que se garanta segurança social para todos, o que significa, num quadro de menor

dependência do trabalho para a produção, diversificar as fontes de financiamento da segurança social.

Hoje, há no País potencialidades imensas para criar riqueza. É possível uma política económica alternativa

dirigida para o investimento de qualidade e para a defesa da produção nacional, que aposte na reindustrialização

do País, no desenvolvimento da ciência e tecnologia e que tenha como objetivo central a criação de emprego.

Os portugueses podem encontrar na política patriótica e de esquerda que defendemos para o País essa

resposta necessária para enfrentar os problemas e contribuir para a construção de uma sociedade sem

exclusões. É esse o trabalho e o combate que o PCP não desistirá de levar por diante.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, agradeço o cumprimento absolutamente rigoroso,

milimétrico, do tempo de que dispunha.

Ainda para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Costa Silva, do PSD.

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Antes de mais, gostaria de

agradecer ao Partido Socialista por trazer a debate o tema tão importante da ligação do mundo científico e

tecnológico ao mundo empresarial. Trata-se de um tema importante, sim, pena é o vosso Governo ter feito

poucochinho, mas mesmo poucochinho, em relação a esta matéria.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — A sensação que nos dá é a de uma espécie de prenda grande, com

um embrulho muito grande, com um lacinho cor-de-rosa muito bonito, com um papel de alta qualidade — à

socialista! — mas, no fundo, quando abrimos a prenda, retiramos outra prenda de dentro. A expectativa ficou

criada, belíssima! O papel continua de grande qualidade — é verdade! —, num novo embrulho, com um novo

lacinho e continuamos na maravilha, cheios de expectativas. Desembrulhamos e, lá dentro, aparece um novo

caixote, mais pequenino. Vamos desembrulhando caixotes e mais caixotes, com toda a expectativa de que a

prenda será uma grande iniciativa, com grandes ideias patrióticas e de esquerda para o País,…

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Ora, ora!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — … com grandes ideias e inovação. E o que é que encontramos? Uma

caixinha pequenina.

Vozes do PSD: — É verdade!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Nessa caixinha pequenina, tão bem, tão bem embrulhadinha, com um

lacinho também tão bonito —…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — … e nós com as expectativas de que algo valioso lá estaria dentro ou,

então, de que algo serviria ao presentado, que vai ficar muito contente com aquela prendinha —, o que é que

encontramos lá dentro? Nada!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não é o Vasco Santana, é o António Silva!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Esqueceram-se de mostrar aquilo que deveria ser importante para o

País.