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5 DE ABRIL DE 2018

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cegos são aqueles que não querem ver». Assim está o CDS, aliás, bem acompanhado pelo PSD, numa

competição desenfreada para ver qual dos dois consegue ir mais longe na utilização dos incêndios de 2017

como arma de arremesso político, numa tentativa desesperada da oposição de marcar a agenda política à conta

das tragédias e dos episódios dramáticos que deviam ser tratados de forma séria e responsável.

Aplausos do PS.

O CDS decidiu ignorar tudo o que está a ser feito pelo Governo, pelas autarquias e pelos portugueses em

matéria de prevenção e preparação do combate aos incêndios em 2018.

Pela enésima vez, assistimos a um discurso catastrofista da oposição, que confunde deliberadamente

problemas estruturais, que não resolveu nem se propôs resolver quando era Governo, com questões

conjunturais que marcaram os incêndios de 2017 e que ultrapassaram todos os limites em termos de violência

e dimensão.

Falam, como se não fosse nada a criação, já em 2018, de 100 novas equipas de sapadores florestais, a

admissão na GNR de 200 novos guardas-florestais, de mais de 500 homens no GIPS, da GNR, a criação de 80

novas equipas de intervenção permanente nas corporações de bombeiros, correspondendo a mais 400

bombeiros profissionais,…

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Saem às 5 da tarde e não trabalham ao fim de semana!

O Sr. José Miguel Medeiros (PS): — … aproveitam, com total despudor, o facto de dois concursos de meios

aéreos terem ficado desertos, para apontarem o dedo ao Governo e dizerem que falhou na contratação, como

se este fosse o resultado de uma ação deliberada.

Seria bom, Sr. Deputado, que o CDS explicasse de que lado está: se do lado do interesse público e do

Governo, que lança concursos públicos sérios, se do lado dos interesses das empresas, que, numa lógica de

cartelização, não se apresentaram deliberadamente a concurso ou, se o fizeram, apresentaram preços

exorbitantes, apesar de os cadernos de encargos terem um acréscimo de 25% em relação aos cadernos de

encargos anteriores, lançados pelo Governo de VV. Ex.as.

Mas os senhores também não dizem, e, no entanto, foi durante o vosso Governo, que foi extinta a Empresa

de Meios Aéreos (EMA), do Estado, e, já agora, também os governos civis,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Com muito orgulho!

O Sr. José Miguel Medeiros (PS): — … sem que tivessem tido, pelo menos, todo o cuidado de acautelar os

procedimentos e os mecanismos alternativos.

Enfim, estamos perante uma situação em que parece que tudo serve à oposição para atacar este Governo,

mesmo a maior demagogia, aquela que, se pagasse imposto, resolveria o problema do défice.

Sr. Deputado Telmo Correia, não acha que está na altura de V. Ex.ª e o seu partido tratarem este assunto

com seriedade?!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado José Miguel Medeiros, agradeço as palavras que me dirigiu.

Tem, agora, a palavra, também para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Telmo Correia, o Sr. Deputado

Carlos Matias, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. Carlos Matias (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Telmo Correia, sempre

que falamos de incêndios temos de falar do fogo e do combate, mas também temos de falar das condições em

que foi encontrada a floresta.