25 DE MAIO DE 2018
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O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Testa, do Grupo Parlamentar
do PS.
O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A Deputada Jamila Madeira falou
essencialmente de assuntos económicos que são a essência, digamos assim, deste debate ou, pelo menos,
deveriam sê-lo.
Eis senão quando o Deputado do PSD que a antecedeu, Cristóvão Crespo, veio justificar a existência deste
debate com uma questão de política fiscal. Pois é, se tivermos de ver e atuar sobre a política fiscal, é bom que
se responda às perguntas que foram aqui colocadas e, se existe uma receita que hoje é garantida por via da
cobrança de um determinado imposto, se esse imposto faltar, quem o ataca tem de justificar qual é a alternativa
que sugere.
Vozes do PSD: — Ah!
O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — E quem o ataca não sugeriu qualquer alternativa.
Hoje, temos papéis trocados: a Deputada Jamila Madeira falou de economia e eu estou a falar de política
fiscal por ironia do destino, porque o debate devia ser mesmo sobre a economia. Sobre a economia que está a
crescer, a florescer, a criar postos de trabalho, a criar riqueza e que os Srs. Deputados da direita querem destruir.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Esse é o vosso objetivo. O vosso objetivo é o de destruir a economia e para isso justificam atacando um
imposto e também o equilíbrio orçamental, que nós temos como objetivo.
Protestos do PSD.
O vosso objetivo é o de destruir a governação do PS, destruir a governação apoiada pelos partidos que a
sustentam, seja a que custo for, nem que para isso seja preciso destruir a economia nacional, destruir as
finanças públicas, destruir Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral, do Grupo
Parlamentar do CDS-PP.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Luís Moreira Testa,
o essencial deste debate é saber se a palavra dada é mesmo palavra honrada. O essencial deste debate é saber
se temos um Governo que cumpre a palavra ou se temos um Governo que cumpre apenas o mais elementar
desejo de saque que parece estar no Governo do Partido Socialista.
Este imposto teve a promessa de existir sempre uma medida que se chamava «neutralidade fiscal», e é isso
que está em causa. O que o País pede, o que as bancadas vão dizendo de forma mais ou menos clara é que,
de facto, estamos perante um saque e perante uma promessa não cumprida.
Eu diria mesmo que este imposto, de que tanto o Sr. Deputado falou, é uma arma de destruição maciça da
economia, porque este imposto tem algo que não pode negar: qualquer pessoa que ponha 10 € de gasolina no
carro paga 62% de imposto e qualquer pessoa que ponha 100 € na carrinha paga 55% de imposto.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E há quatro anos como é que era?!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Portanto, é essa a realidade: 62% ou 55% de imposto.