23 DE JUNHO DE 2018
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Declarações de voto enviadas à Mesa para publicação
Relativa ao voto n.º 576/XIII (3.ª):
No passado dia 22 de junho, foi votado em sessão plenária o voto n.º 576/XIII (3.ª) — De congratulação pela
remoção das identidades trans da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde,
apresentado pelo PAN.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP votou favoravelmente este voto de congratulação, mas entende ser
importante esclarecer o seguinte:
A transexualidade foi retirada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), da lista de doenças mentais, da
Classificação Internacional de Doenças. No entanto, importa referir que a OMS integrou a transexualidade no
foro das doenças sexuais, o que, em nosso entender, significa que, continuando a transexualidade a ser uma
questão de saúde, todas as pessoas transexuais têm o direito de acesso a todos os cuidados de saúde de que
necessitam e, como tal, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de empenhar-se em dar-lhes resposta de
qualidade e em tempo útil.
Aliás, a este propósito, referiu o diretor do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS
que «queremos que as pessoas que sofrem dessas condições possam obter assistência médica quando
necessitarem».
Neste sentido, e porque entendemos que não pode existir, em circunstância alguma, discriminação de
ninguém em função da identidade e expressão de género e porque entendemos, também, que o SNS tem de
dar resposta a todos os cidadãos, respeitando total e absolutamente os direitos humanos, o Grupo Parlamentar
do CDS-PP apresenta esta declaração de voto.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães — Assunção Cristas — Isabel Galriça Neto — Teresa
Caeiro — Ana Rita Bessa — Cecília Meireles — Telmo Correia — Hélder Amaral — João Pinho de Almeida —
Álvaro Castello-Branco — António Carlos Monteiro — Patrícia Fonseca — Ilda Araújo Novo — Filipe Anacoreta
Correia — Vânia Dias da Silva — Pedro Mota Soares — João Gonçalves Pereira — João Rebelo.
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Relativa ao projeto de resolução n.º 1611/XIII (3.ª):
O Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata revê-se na necessidade de urgentemente se proceder à
reabilitação da Escola EB 2/3 Professor Gonçalo Sampaio, na Póvoa de Lanhoso.
De igual modo, o Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata reconhece que aquele equipamento
escolar se encontra nas condições enunciadas na iniciativa identificada.
Sem embargo, a iniciativa do Bloco de Esquerda omite um conjunto de factos que reputamos de grande
relevância.
Neste contexto, importa salientar que, apesar de a EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio estar sob a tutela do
Ministério da Educação e de o município da Póvoa de Lanhoso não ter outorgado qualquer contrato de execução
de delegação de competências, no âmbito da Educação, manda a verdade que se diga que o município de
Póvoa de Lanhoso conseguiu um financiamento dos fundos comunitários no valor de 2 500 000 € para
requalificação deste equipamento escolar.
Se é certo que esta verba é manifestamente insuficiente para todas as necessidades da Escola, a verdade
é que a EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio só vai ser requalificada porque a autarquia se disponibilizou a investir
numa escola que não é sua, mas do Ministério da Educação.
Esta Escola só vai beneficiar de importantes obras de reabilitação porque o município da Póvoa de Lanhoso
decidiu, numa primeira fase, assumir a totalidade da Comparticipação Pública Nacional (CPN) no valor de 15%.
Só numa fase posterior é que o Ministério da Educação assumiu metade daquela comparticipação, ou seja,
7,5%, sendo os restantes 7,5%, o equivalente a 200 000 € com IVA incluído, assumido pela autarquia. Os
restantes 85% serão financiamento de fundos comunitários.
Refira-se, igualmente, que o concurso público foi lançado no ano passado e as obras deverão iniciar-se muito
em breve. O Visto do Tribunal de Contas já foi concedido, segue-se o auto de consignação e a solicitação à ACT