14 DE JULHO DE 2018
65
Aplausos do PS.
Também na frente da coesão social se pode fazer o balanço. As desigualdades não aumentaram, as
desigualdades reduziram-se. Aumentaram os salários e as pensões, não apenas o salário mínimo mas todos os
salários em Portugal. Aumentou o emprego, reduziu-se o desemprego, no maior nível conhecido na Europa. Em
todas as regiões do País o desemprego reduziu-se em 30% ou 40%. Reduziu-se o desemprego entre os jovens
à procura do primeiro emprego ou os desempregados de longa duração.
O mercado de trabalho funciona em bases mais justas. O Governo apresentou uma reforma da legislação
laboral que, pela primeira vez, pretende limitar o recurso e os fundamentos do contrato a termo, bem como a
sua duração.
Aplausos do PS.
Reduziu-se o abandono e o insucesso escolar para níveis que há poucos anos eram impensáveis. Reduziu-
se a população em risco de pobreza. Melhorou-se o saldo migratório que no ano passado, ao fim de muitos
anos, se tornou positivo. Melhoraram-se os indicadores de saúde e a esperança de vida dos portugueses e
demos passos firmes para aumentar o investimento empresarial no interior, forma de criar emprego que retenha
e atraia população.
Estes resultados não aconteceram por acaso, são a consequência daquele compromisso que, em 2015, foi
assumido nesta Câmara perante os portugueses e que foi sendo construído e renovado todos os anos.
Há quem veja outras coisas para além destes factos; há quem queira lançar luz sobre outros assuntos; quem
diga que entregou o País em bom estado, mas entregou um país cujo produto interno bruto tinha caído 6%. Só
no final deste ano teremos atingido novamente o produto interno bruto de há uma década. Foi uma década
perdida.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Há quem lamente a escassez de meios no Serviço Nacional de Saúde, mas foi quem reduziu em 1000
milhões de euros por ano a despesa pública em saúde.
Aplausos do PS.
Há quem apouque o apoio que se tem dado ao interior e proponha agora medidas fiscais de apoio ao
investimento no interior que em 2011 revogou, quando revogou o estatuto fiscal do interior.
Aplausos do PS.
Há mesmo quem fale da bomba-relógio da segurança social. Parece que está atrasado dois ou três anos,
está atrasado naquele tempo em que propunha uma redução das pensões a pagamento em 600 milhões de
euros.
Aplausos do PS.
Há quem, finalmente, diga que as necessidades são tantas, são novas, que proponha a criação de mais
défice para aumentar a despesa pública e quem diga que essa vontade só não é assumida porque o Governo
está agarrado a constrangimentos externos e pretende fazer boa figura perante Bruxelas.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Isso é o que o PCP e o Bloco de Esquerda dizem!
O Sr. Ministro Adjunto: — Mas a política orçamental que fazemos não decorre de constrangimentos
estrangeiros; decorre, pura e simplesmente, de ser uma boa política.