I SÉRIE — NÚMERO 108
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Já em 2012 publica o seu último livro, um romance de ficção política intitulado Sant’Ana do Mar — Onde a
Cidadania é Obrigatória e, em 2014, participa na obra coletiva 40 Anos de Políticas de Educação em Portugal.
Avivando esta lembrança e reforçando este sentido de cidadania que nos lega Eurico Lemos Pires, é com
profunda tristeza que a Assembleia da República, reunida em Comissão Permanente, enaltece a sua existência
e assinala o seu falecimento, transmitindo à sua família, amigos e à comunidade o mais sentido pesar.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Segue-se o voto n.º 610/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento do empresário Pedro Mendonça de Queiroz
Pereira, apresentado pelo CDS-PP, que vai ser lido pelo Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Faleceu no dia 17 de agosto, aos 69 anos, o empresário Pedro Mendonça de Queiroz Pereira.
Principal acionista e presidente do Conselho de Administração do Grupo Semapa, foi a sua ação que fez
deste um dos principais grupos industriais portugueses — também a nível internacional através da sua atividade
exportadora —, com presença nas áreas do papel e pasta de papel, cimento e ambiente, através da The
Navigator Company, da Secil e da ETSA.
As qualidades humanas e profissionais e o espírito empresarial de Pedro Queiroz Pereira fizeram dele uma
referência incontornável no meio industrial português e o rigor com que geriu as suas empresas será sempre
um exemplo único de liderança.
Tal como reconheceram os mais de 6000 colaboradores do Grupo Semapa, ‘mais do que um património,
Pedro Queiroz Pereira deixa força e deixa valores’, como ‘coragem, independência, frontalidade e honestidade’.
Reunida em Comissão Permanente, a Assembleia da República lamenta o desaparecimento prematuro de
Pedro Queiroz Pereira e apresenta as mais sentidas condolências à família, amigos e colaboradores,
reconhecendo a importância do seu legado para a indústria e economia nacionais.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do CDS-PP e do PAN, votos contra
do PCP e abstenções do BE e de Os Verdes.
Passamos, agora, ao voto n.º 616/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Rui Alarcão, apresentado pelo
Presidente da AR e subscrito por Deputados do PSD e do PS, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária, Deputada
Idália Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«É com sentido pesar que os Deputados à Assembleia da República assinalam o falecimento de Rui Alarcão,
no passado dia 20 de agosto.
Rui Alarcão nasceu em Coimbra, a 22 de fevereiro de 1930.
Doutorado em Direito em 1971 e Professor Catedrático da Universidade de Coimbra desde 1978, Rui Alarcão
lecionou Teoria Geral do Direito Civil, Direito das Obrigações, Direito Comparado e Introdução ao Estudo do
Direito.
Muitas gerações de juristas formados em Coimbra recordam com saudade o seu conhecimento e as suas
qualidades científicas e pedagógicas.
Na Universidade de Coimbra exerceu múltiplos cargos, desde Presidente do Conselho Diretivo da Faculdade
de Direito até Reitor.
Foi sempre um cidadão empenhado na causa da educação e na vida do seu País, fazendo ouvir a sua voz
respeitada em diversas ocasiões.
Enquanto membro da Comissão Redatorial do Código Civil, deixou a sua impressão digital numa das
principais referências do ordenamento jurídico português.