7 DE SETEMBRO DE 2018
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John McCain foi defensor de que os EUA atacassem a República Popular Democrática da Coreia. Foi
permanente apoiante dos esforços dos EUA para efetuar uma operação de «mudança de regime» no Irão. Foi
permanente promotor de conflitos, mesmo conflitos armados, com a Rússia.
Se John McCain foi prisioneiro de guerra, durante a guerra do Vietname, foi porque foi derrubado o avião
que pilotava e que procedia ao bombardeamento desse País. Nos seus bombardeamentos ao Vietname, os
EUA utilizaram em larga escala armas não convencionais como o napalm, o Agente Laranja e outras armas
químicas, cujos criminosos efeitos ainda hoje se fazem sentir.
O facto de que o embate que hoje divide diferentes setores da classe dirigente norte-americana tenha levado
a que as cerimónias fúnebres de John McCain fossem transformadas num espetáculo mediático em nada
interessa ao povo português. Nem justifica que a Assembleia da República homenageie um paladino do
militarismo e da guerra, que viola princípios da Constituição da República Portuguesa, da Carta das Nações
Unidas e do Direito Internacional.
Os Deputados do PCP, João Oliveira — António Filipe.
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A DIVISÃO DE REDAÇÃO.