26 DE OUTUBRO DE 2018
35
Entretanto, assumiu a presidência o Presidente, Eduardo Ferro Rodrigues.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.
O Sr. Manuel Frexes (PSD): — Sr. Presidente, vou terminar já.
Precisamos, sim, de um plano de ação, que promova estratégias orientadas para o desenvolvimento
integrado destas regiões, com medidas profundas e arrojadas, conjugando um estatuto fiscal amigo do interior
com o investimento e o emprego e apostando na desconcentração e na descentralização.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de terminar.
O Sr. Manuel Frexes (PSD): — O PSD continuará a pugnar por esse grande objetivo, por esse desígnio
nacional, porque, Sr.as e Srs. Deputados, para nós o interior também é Portugal!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Para terminar o debate, tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado João
Almeida, do Grupo Parlamentar do CDS-PP.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Podendo marcar o tema
da agenda e do debate de hoje, o CDS escolheu o interior.
Feito que está o debate, é simples estabelecer uma grelha lógica para a decisão sobre o voto em cada um
dos projetos que o CDS aqui apresentou. Houve três critérios claros: a importância do tema, a qualidade das
propostas e a exequibilidade das mesmas.
Sobre a importância do tema, não há qualquer divergência. Foram muitas as referências aqui feitas, nas mais
diversas bancadas, a todo o tipo de critérios que justificam que o interior seja, hoje, provavelmente, do ponto de
vista das políticas públicas, a principal prioridade em Portugal.
Portanto, se o tema escolhido pelo CDS reúne este consenso, pelo primeiro dos critérios, não há nenhuma
razão para que os projetos do CDS não sejam aprovados.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sobre o segundo critério, a qualidade das propostas, é certo
que aí não houve unanimidade, mas vamos então pegar nas razões de crítica daqueles que as criticaram.
Pegaria até na maior crítica que aqui foi feita, expressa pelo Sr. Deputado Paulo Sá, que disse que as propostas
não têm «ponta por onde se pegue».
Sr. Deputado, então, vamos lá pegar na ponta de cada uma das propostas. Faz ou não faz sentido que as
empresas que já estão ou que passarão a estar no interior tenham melhores condições fiscais, pela aposta que
fazem, ao darem apoio à principal política pública do País, que é a valorização do interior?
Protestos do PS e do PCP.
O Sr. João Paulo Correia (PS): — Essa não é a proposta!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Esta é a primeira ponta na qual vale a pena pegar.
Faz ou não faz sentido discriminar positivamente as empresas que contratam trabalhadores para trabalharem
no interior e que assim também ajudam a estabelecer a principal política pública, que, todos concordamos, é o
apoio ao interior?
Esta é a segunda ponta pela qual vale a pena pegar.
Faz ou não faz sentido apoiar os municípios do interior, que têm, muitas vezes, orçamentos exíguos, que
não lhes dão a escala suficiente para poderem, eles próprios, ter políticas de investimento público para valorizar