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I SÉRIE — NÚMERO 16

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A Sr.ª Margarida Balseiro Lopes (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Ouvi agora a intervenção do

Sr. Deputado do Partido Socialista e devo dizer que tenho, necessariamente, de sair de Lisboa, porque sou da

Marinha Grande, no distrito de Leiria. Aquilo que lhe reportei de Pedrógão, de Figueiró dos Vinhos e de

Castanheira de Pera não vi pela televisão, pois ainda este fim de semana lá estive.

Devo dizer-lhe que, se calhar, o Sr. Deputado é que está muito desfasado da realidade, porque, efetivamente,

pouco ou nada foi feito. Aliás, ainda há momentos o Partido Comunista dizia exatamente isso: «Se alguma coisa

tivesse sido feita, teríamos tido a repetição da tragédia quatro meses depois? Se alguma coisa tivesse sido feita,

quase um ano depois, teríamos o Pinhal de Leiria exatamente como o fogo o deixou? Se alguma coisa tivesse

sido feita, teríamos, ao dia de hoje, mais de 500 casas por intervencionar?»

Aliás, havia talvez algo que o Partido Socialista, neste caso o Governo, poderia ter feito: não ter sido

negligente com os casos fraudulentos de reconstrução das casas em Pedrógão.

Aplausos do PSD.

Talvez aí pudessem ter feito alguma coisa, também, e não teríamos assistido aos casos vergonhosos a que

assistimos.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Mesa não regista mais inscrições, pelo que, como é hábito, vou dar

a palavra, para encerrar o debate, ao partido que requereu a ordem do dia.

Pausa.

Entretanto, inscreveu-se, para uma intervenção, o Sr. Deputado António Filipe, do PCP.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Quem não conhecesse o País e ouvisse as

intervenções que o CDS e o PSD fizeram neste debate — particularmente o CDS, que é o partido proponente

— seria levado a pensar que, em 2015, ainda o PSD e o CDS estavam no Governo, o interior do País vivia

momentos de prosperidade gloriosa, um surto de desenvolvimento, com, enfim, acréscimo populacional,

crescimento económico, abertura de novos serviços públicos para fazer face ao acréscimo populacional que

então se verificava.

Ora bem, todos sabemos que não foi assim e que não foi a partir de 2015 que se criou a situação difícil que

atravessa o interior do País. Os CTT não foram privatizados anteontem, as freguesias não foram extintas na

semana passada. Não! Há muito para fazer e há muito para repor da desgraça para a qual os senhores lançaram

o interior do País, com as políticas de direita que levaram a cabo.

Aplausos do PCP.

Protestos do Deputado do PSD António Costa Silva.

Há muito para fazer, mas os portugueses conhecem as consequências das vossas políticas e, por isso, é

que os senhores foram afastados da governação do País e foi possível reabrir tribunais e recuperar de algumas

das situações que os senhores criaram.

Evidentemente que há muito para fazer e nós aqui estamos para propor e para lutar para que as populações

do interior tenham o apoio necessário para reduzir as assimetrias regionais que os senhores agravaram de forma

extraordinária.

Não nos venham dizer que não tiveram responsabilidades na situação que o País atravessa, pois os senhores

foram Governo e não podem desculpar-se com a troica! Não nos venham dizer que o Governo PSD/CDS-PP foi

um pau-mandado, que quem governava era a troica e que o Governo se limitava a fazer o que esta mandava.