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I SÉRIE — NÚMERO 31

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Está, pois, em apreciação o parecer.

Pausa.

Não havendo pedidos de palavra, vamos votá-lo.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do PAN.

Srs. Deputados, o primeiro ponto da ordem do dia consta de declarações políticas.

Para o efeito, em primeiro lugar, tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP, a Sr.ª Deputada Isabel

Galriça Neto.

A Sr.ª IsabelGalriçaNeto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A saúde dos portugueses

não é uma prioridade para este Governo das esquerdas unidas.

O CDS tem-no denunciado inúmeras vezes, mas são os portugueses que recorrem aos serviços do SNS

(Serviço Nacional de Saúde) e os profissionais que nele trabalham que nos dizem, com frequência, «isto está

bem pior do que no tempo da troica». Uma troica trazida por uma desastrosa governação socialista, que deixou

o País na bancarrota e impôs pesados sacrifícios coletivos.

Nestes mais de três anos de governação socialista, com o apoio do BE, do PCP e de Os Verdes, o acesso

à saúde piorou muito: as listas de espera para consulta e cirurgia aumentaram, os tempos máximos de resposta

são largamente ultrapassados — e poderia dar inúmeros exemplos de norte a sul do País.

A reforma dos cuidados de saúde primários teve a pior evolução de sempre e os hospitais estão cativos das

cativações de Centeno, impossibilitados de contratar os recursos humanos em falta e de substituir equipamentos

obsoletos e avariados.

Os doentes crónicos de todas idades e as suas famílias desesperam por apoios atempados e já sabem que

o estatuto do cuidador, que o CDS tem defendido nesta Casa desde 2016, também não é uma prioridade para

o Governo de António Costa.

As dívidas e os atrasos nos pagamentos têm aumentado, os investimentos no SNS têm sido mais baixos do

que durante o período da troica e as baixas transferências para o SNS não minimizaram o problema do seu

subfinanciamento. E, pasme-se, ano após ano, BE, Os Verdes e PCP aprovam Orçamentos que deixam os

serviços públicos de saúde na míngua e, depois, numa encenação já nada credível, correm para as

manifestações onde estão os profissionais e pessoas doentes com problemas gerados por essas mesmas

políticas e aprovações. O que pretendem fazer? Como querem ainda ser levados a sério?

Aplausos do CDS-PP.

E, quando falamos de problemas reais na saúde, que ouvimos deste Governo? Lá vêm então promessas e

mais promessas, o já famoso mantra das contratações, em números que podem variar consoante o dia e as

fontes. «Foram mais de 8000» — dizem sempre!

Sr.as e Srs. Deputados, falta ser transparente e dizer que a forma desastrosa como se fez a passagem das

40 horas para as 35 horas impunha contratações em número superior; falta dizer que, nesses números, se

incluem renovações dos recursos humanos que abandonam o SNS; falta dizer que estão milhares de horas em

dívida aos profissionais de saúde; falta dizer que os profissionais, seguramente não por ingratidão ou crueldade,

continuam a anunciar greves, a demitir-se e a dizer que não confiam neste Governo, depois de processos ditos

negociais que se arrastam há cerca de 3 anos, sem nada de concreto para se avançar.

O que temos, Sr.as e Srs. Deputados, é um Primeiro-Ministro que, face aos problemas das pessoas, fala de

números e desvaloriza a realidade, mostra insensibilidade social e incapacidade para negociar e decidir; um

Primeiro-Ministro que promete, promete, que vem aqui ao Parlamento fazer anúncios e dizer «agora é que é» e

depois empurra com a barriga.

Aplausos do CDS-PP.