I SÉRIE — NÚMERO 44
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A verdade é que é assim: o Nuno, a Mariana, o Pedro, que, entretanto, arranjaram trabalho, estão entre os
341 000 postos de trabalhos que foram criados. Muitos estão entre os 87% em que foram criados não com
precariedade, mas com contrato, com estabilidade.
A Augusta, que já beneficia da gratuitidade dos manuais escolares e que vai beneficiar da redução do passe
social, beneficia também, como todos os outros, da redução de 25% nas taxas moderadoras, porque falam muito
da saúde mas falam pouco de como hoje o SNS é mais acessível, estando hoje os portugueses a pagar uma
menor taxa moderadora. É verdade!
Aplausos do PS.
O João é, seguramente, um dos mais de 15 000 estudantes do ensino superior que hoje temos e que se
afastou do ensino superior por razões económicas mas não só, porque o PSD e o CDS quiseram convencer a
sociedade portuguesa de que não valia a pena estudar, porque o País não tinha capacidade de oferecer e de
criar postos de trabalho qualificados para responder à mão de obra mais qualificada.
Ora, aquilo em que hoje os portugueses voltaram a poder acreditar, e felizmente cada vez mais, é que
investindo mais na educação dos seus filhos estes vão ter um futuro melhor, melhor para os seus filhos, para os
seus netos e para eles próprios, porque todo o País será mais próspero e terá mais educação do que
anteriormente.
Aplausos do PS.
Sim, vamos continuar a trabalhar para o Nuno, para a Mariana, para o Pedro, para a Augusta, para o João,
para o avô do André, para o Hugo, para o Luís, para o Fernando. Vamos continuar a trabalhar para eles todos
por uma razão fundamental, Sr. Deputado Carlos César: é que sabemos que o País hoje está melhor do que
estava. Mas este ainda não é o País que ambicionamos, este ainda não é o País com que sonhamos. Por isso,
dizemos: «Estamos melhor, mas temos de continuar a trabalhar para continuar a melhorar o País». É isso que
temos de fazer.
Aplausos do PS.
Porque nós não ignoramos que, ao mesmo tempo que há 341 000 novos postos de trabalho, ainda há
centenas de milhares de portugueses à procura de emprego. Porque nós não ignoramos que, se já saíram da
pobreza 180 000 famílias, ainda temos uma taxa de pobreza muitíssimo elevada. Porque nós sabemos que, se
é verdade que, em 2016 e em 2017, as desigualdades já diminuíram, o nível de desigualdades em Portugal
continua a ser intolerável e um dos mais elevados da Europa.
É verdade que voltámos a reduzir o número de crianças que abandonam o ensino escolar precocemente,
mas, ainda assim, 12% de crianças a abandonarem prematuramente a escola ainda é algo que não podemos
aceitar e que temos de continuar a trabalhar para reduzir ainda mais.
E assim sucessivamente e, em particular, no setor da saúde, porque se é verdade que, nestes 40 anos do
Serviço Nacional de Saúde, os ganhos em saúde são absolutamente extraordinários, sabemos bem, também,
que a realidade demográfica de hoje nos impõe uma nova exigência para o Serviço Nacional de Saúde, a que
temos de dar uma resposta acrescida.
Por isso, temos de continuar a trabalhar para melhorar o Serviço Nacional de Saúde. Hoje, não basta
recuperar o que a direita destruiu, temos de recuperar o que a direita destruiu e fazer mais de forma a responder
às novas necessidades da população portuguesa relativamente ao Serviço Nacional de Saúde.
O Sr. Adão Silva (PSD): — E a bancarrota?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É assim que temos de continuar a trabalhar, passo a passo, garantindo que o
País não pode alternar situações de grande expansão com situações de recessão, situações de bom controlo
das finanças públicas com situações de rutura nas suas finanças públicas.