14 DE FEVEREIRO DE 2019
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O Sr. Adão Silva (PSD): — Verdadeiramente extraordinário!
Mas os senhores gostam dos números, gostam de exaltar os números. Então, Sr.ª Deputada, dir-lhe-ei o
seguinte: fiquem VV. Ex.as com os números que nós ficamos com os portugueses, nós ficamos com os cidadãos!
Aplausos do PSD.
Digo-lhe mais, Sr.ª Deputada: nós ficamos com os portugueses, que veem aumentar o trabalho precário.
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Muito bem!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Deputada, isso é pobreza, isso é desigualdade social e o Governo é o
responsável.
Nós ficamos com os portugueses que não têm bons transportes públicos, que têm transportes públicos
degradados. E isso é pobreza, isso é desigualdade social, Sr.ª Deputada, e a culpa é deste Governo.
Nós ficamos com os portugueses que não têm acesso a uma consulta, que esperam 500 dias, 1000 dias,
1500 dias por uma consulta. E isso é pobreza, porque é no SNS (Serviço Nacional de Saúde), isso é
desigualdade social e o responsável é este Governo.
Nós ficamos com os portugueses que querem uma pensão, a que têm direito, mas que têm de esperar 8
meses, 1 ano, 2 anos e, mesmo assim, essa pensão não aparece.
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Muito bem!
O Sr. Adão Silva (PSD): — São esses portugueses que nos preocupam e que deviam preocupar a Sr.ª
Deputada, e não os números, as estatísticas, para exaltar uma superfície que, apesar de tudo, parece brilhante
mas que, no fundo, no fundo, é de um país pobre, um país desigual e onde os portugueses sofrem.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — É isso!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Esta é a realidade do dia a dia dos portugueses.
Por isso, Sr.ª Deputada, serei muito concreto e pergunto-lhe: o que é que o Partido Socialista tem a dizer aos
portugueses, aos milhões de portugueses, que não têm trabalho normal, têm trabalho precário, que não têm
transportes públicos de qualidade, que não recebem as suas pensões a tempo e horas, o que é um direito, que
não têm acesso a uma consulta no SNS e, já agora, também, o que é que o Partido Socialista tem a dizer aos
estudantes do ensino superior, que não conseguem ter acesso a uma residência?
O que é que diz a estes milhões de portugueses?
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Muito bem!
O Sr. Adão Silva (PSD): — O que é que diz a estes milhões de portugueses pobres que, obviamente, não
estão a ganhar o futuro e que, obviamente, estão revoltados com este Governo, que tem muito foguetório mas
que, no fundo, no fundo, não resolve os problemas dos portugueses?
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem, agora, a palavra, para formular o quarto e último pedido de
esclarecimento deste primeiro grupo, a Sr.ª Deputada Rita Rato.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Wanda Guimarães, saúdo-a pelo
tema que hoje traz a debate: o combate à pobreza e às desigualdades.
Queria apenas dizer que, da parte do PSD e do CDS, no património que deixaram no País…
Protestos do PSD e do CDS-PP.