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I SÉRIE — NÚMERO 51

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estamos à procura de uma consensualização, para fazer uma conferência de imprensa, quando o próprio

Governo do Partido Socialista, em Conselho de Ministros, já apresentou a sua proposta.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Qual é?

A Sr.ª Wanda Guimarães (PS): — É isso que acho deprimente, mas compreendo também que seja muito

dura a compaginação e é por isso que os senhores, de facto, não tendo mais nada para dizer, vêm falar do

cuidador informal, que, sim, deve ser debatido na nossa comissão e no grupo de trabalho.

Finalmente, quero agradecer as palavras proferidas pelo Sr. Deputado José Soeiro e dizer-lhe que sobre o

que pretende, de um ponto de vista objetivo, aguardaremos, obviamente, para conhecer as iniciativas. Não

podemos estar a falar de uma iniciativa sem termos debatido entre nós este assunto e, portanto, o Partido

Socialista está aberto, como sempre esteve, e o Sr. Deputado sabe, para conseguirmos — em termos até agora

só das esquerdas e, portanto, isso não me admira — fazer projetos que sejam equilibrados e que venham

melhorar a vida dos portugueses e das portuguesas.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Passamos ao segundo grupo de três pedidos de esclarecimento.

O primeiro pedido cabe ao Sr. Deputado António Carlos Monteiro, do CDS-PP.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Wanda

Guimarães, queria começar por lhe dizer que deprimente, Sr.ª Deputada, é o Sr. Primeiro-Ministro vir aqui, a

este Plenário, anunciar que tem um estatuto para o cuidador informal e, até este momento, nada dizer, Sr.ª

Deputada. Isso é que é deprimente!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Para não dizer uma vergonha!

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Isso é uma vergonha!

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Deputada, na tribuna, falou também numa «combinação virtuosa de políticas do Partido Socialista».

Desculpe que lhe diga, Sr.ª Deputada, mas enganou-se na palavra, não é «virtuosa», é «virtual». E o problema

é que o Partido Socialista funciona com base na política virtual.

Foi o Partido Socialista que decidiu agendar aqui um debate sobre pobreza. Sr.ª Deputada, estamos quase

no fim da Legislatura, são os senhores que têm de prestar contas sobre o que estiveram a fazer. E sobre os

pobres, sobre os mais pobres, é bom que o Partido Socialista esclareça algo para o qual o CDS está a alertar

desde o início da Legislatura. De há anos a esta parte que chamamos a atenção para a falta de apoio que tem

sido dada aos mais pobres dos mais pobres, e estamos a falar do apoio alimentar aos mais carenciados, Sr.ª

Deputada. Esse apoio alimentar é feito com verbas da União Europeia, do chamado Fundo Europeu de Auxílio

às Pessoas mais Carenciadas, o FEAC, que a Sr.ª Deputada conhece.

Sabemos que os senhores, por puro preconceito, discordaram de tudo o que era feito no âmbito do Governo

anterior. Discordaram da distribuição alimentar que era feita, discordaram das cantinas sociais e resolveram

destruir tudo, tudo o que tinha sido construído durante o Governo anterior. A verdade é que, ao abrigo desses

fundos europeus, foram auxiliadas 409 000 pessoas durante o Governo anterior.

De então para cá, o que é que os senhores têm para apresentar? O tempo a passar e a pobreza a ser

ignorada. Essa é que é a verdade! Em 2016, o seu Governo, Sr.ª Deputada, executou apenas 49% das verbas

do FEAC, que são, repito, fundos europeus. Não chegou a metade! E a Sr.ª Deputada sabe quanto foi executado

em 2017? Foi executado 5,1%, Sr.ª Deputada, 5,1% do FEAC! Este número, só por si, deveria envergonhar