I SÉRIE — NÚMERO 51
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Sabe, Sr.ª Deputada, é muito triste ver que o PS, em determinada altura, fez uma opção por um défice mais
baixo, quando poderia ter feito melhores investimentos para gerar melhores condições de vida aos portugueses.
Aplausos de Os Verdes e do PCP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder a estes três pedidos de esclarecimento, tem a
palavra a Sr.ª Deputada Wanda Guimarães, do Partido Socialista.
A Sr.ª Wanda Guimarães (PS): — Sr. Presidente, começando por responder ao Sr. Deputado António Carlos
Monteiro, julgo que ele não tem de pedir desculpa por ser de direita, já toda a gente sabe e, portanto, não há
problema nenhum nisso.
Risos do PS.
Eu, pelo contrário, sinto uma honra enorme em ter e em defender uma ideologia de esquerda.
Já agora, devo dizer-lhe que o novo programa alimentar deste Governo beneficia 80 000 pessoas, e não são
os pobres — «coitadinhos dos pobrezinhos», como os senhores dizem —, são pessoas em carência e que
precisam da nossa ajuda.
Aplausos do PS.
O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — É um fiasco! Tem 5% de execução!
A Sr.ª Wanda Guimarães (PS): — Depois, gostaria de elucidá-lo, dizendo-lhe que Portugal é o segundo País
em execução de fundos comunitários, enquanto no seu Governo, quando nós assumimos funções, a execução
era zero! Deserto absoluto!
Protestos do Deputado do PSD António Topa.
Finalmente, Sr. Deputada Diana Ferreira, não posso estar mais de acordo consigo, mas há uma verdade que
é insofismável: há mais apoios e menos pobres. É esse caminho que, de facto, temos de prosseguir.
Aplausos do PS.
Julgo que esta resposta também serve para a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, que não deixou de pôr o dedo
na ferida.
Julgo que estamos no caminho certo, e vamos continuar. O PS vai continuar a trabalhar em prol das
portuguesas e dos portugueses para um futuro melhor.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma nova intervenção, em nome do Grupo parlamentar do
PSD, tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: A pobreza e as desigualdades
sociais são, ainda hoje, em pleno século XXI, um problema central da sociedade portuguesa, um problema que
atinge muitas pessoas e que compromete a nossa cidadania.
É certo que o risco de pobreza, em geral, tem vindo a diminuir desde 2014, desde que a economia voltou a
crescer e o desemprego retomou uma trajetória descendente.
Mesmo assim, a pobreza é enorme, em especial a pobreza infantil, a pobreza na população idosa e a pobreza
no seio dos pensionistas e reformados. Aliás, no que diz respeito à população idosa, reformados e pensionistas,
a pobreza tem vindo a agravar-se. Isto é preocupante, alarmante e inaceitável!