21 DE FEVEREIRO DE 2019
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um melhorar a sua condição, mas, como o Sr. Primeiro-Ministro referiu, não correspondem a compromissos do
Governo.
A esse propósito, queria lembrar-lhe um compromisso do Governo, que também já foi aqui referido pelo meu
camarada Ascenso Simões: é que todas as medidas que, ao longo da Legislatura, foram tomadas, todos aqueles
compromissos que nós assumimos, e cumprimos, foram tomados no pressuposto e no contexto de que também
seria possível reduzir sustentadamente o défice público e a dívida pública.
Queria perguntar-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, se, em futuros compromissos que o Governo assuma, essa
preocupação continuará — como deve continuar! —, a ser a marca deste Governo.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Emídio Guerreiro.
Devo dizer que os pedidos de esclarecimento foram organizados por ordem de inscrição na Mesa. Não há
nenhum outro critério neste debate.
Faz favor, Sr. Deputado.
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.
Primeiro-Ministro, o debate de hoje é mais uma oportunidade de o questionar sobre os insucessos do seu
Governo.
O Sr. Primeiro-Ministro, ao longo da governação, foi sempre afirmando a importância do investimento público
para a recuperação económica. Disse, aliás, várias vezes, que o Governo anterior era um inimigo do
investimento público, que, com o seu Governo, se virava a página da austeridade e se privilegiava o
investimento.
A poucos meses das eleições, olhemos, então, para o seu desempenho nesta matéria, nomeadamente no
que respeita ao investimento da exclusiva responsabilidade da administração central, sem contar com o
investimento autárquico ou dos governos regionais.
Os números, retirados da Conta Geral do Estado e da Síntese de Execução Orçamental, são estes, Sr.
Primeiro-Ministro.
Neste momento, o orador exibiu um gráfico relativo ao investimento público.
Esta é a evolução do investimento público ao longo da Legislatura. Ainda agora, está muito longe de atingir
os níveis de 2015.
A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Bem lembrado!
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — São cerca de menos 1500 milhões de euros investidos, se se tivesse
mantido o nível de investimento de 2015.
É isto o fim da austeridade, Sr. Primeiro-Ministro?!
E a consequência, Sr. Primeiro-Ministro é aquela que os portugueses sentem, com a degradação de
inúmeros serviços públicos de norte a sul do País.
Neste momento, a Deputada do PSD Joana Barata Lopes exibiu o gráfico relativo ao investimento público e
assim se manteve até ao final da intervenção do orador.
Sr. Primeiro-Ministro, que dizer do investimento na saúde? Os senhores, que deixaram dívidas monstruosas
nos hospitais, que o Governo anterior teve de pagar, e que enchem a boca com a necessidade de investir no
SNS, o que fizeram?
Falaram muito, falaram mesmo muito, mas a realidade é esta.
Neste momento, o orador exibiu outro gráfico relativo ao investimento em saúde.