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I SÉRIE — NÚMERO 54

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Mas convém não esquecer a lição dos erros do Governo anterior. Para evitar que a próxima transição de

quadros sofra a descontinuidade que esta sofreu, é essencial a discussão e a aprovação atempada do Programa

Nacional de Investimentos.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: No início da Legislatura podíamos discutir o que o Governo se

propunha fazer. Hoje podemos já começar a avaliar os resultados da mudança política que então iniciámos e

que tem assegurado os dois primeiros anos de convergência com a União Europeia, desde a adesão ao euro:

a criação de 348 000 novos postos de trabalho, um saldo migratório positivo desde 2017, a redução da pobreza

e das desigualdades, a diminuição do abandono escolar precoce e o aumento de alunos no ensino superior,

num quadro de redução sustentada da dívida pública, com os défices mais baixos da nossa democracia.

Há ainda muito para fazer, na recuperação das feridas da crise e na preparação do futuro. Claro, claro que

há! É por isso que aqui estamos, determinados a prosseguir o nosso trabalho. É também por isso que a direita

merece continuar em minoria não só neste Parlamento mas também no País, para bem de Portugal e para bem

dos portugueses.

Aplausos, de pé, do PS e do Deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Primeiro-Ministro.

A Sr.ª Deputada Assunção Cristas tem um pedido de esclarecimentos da bancada do PS, pelo que dou a

palavra, para o efeito, ao Sr. Deputado Ascenso Simões.

O Sr. Ascenso Simões (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs.

Deputados, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, confesso-lhe que, nestes últimos dias, tentei encontrar razões

políticas substantivas para esta moção, mas não consegui encontrar nenhuma razão substantiva.

Sei que, em política, por vezes, é necessário criar novos factos políticos para resolver alguns velhos

fantasmas e, por isso, fui olhar para as notícias de quinta e sexta-feira e encontrei um fantasma. Esse fantasma

chama-se «Pavilhão Atlântico».

Vozes do CDS-PP: — Ah!

O Sr. Ascenso Simões (PS): — É claro que, quando temos um fantasma, temos de encontrar um outro facto

político para trazer ao debate.

Aplausos do PS.

Mas há outra circunstância que gostaria, também, de trazer. Jean-Marie Le Pen, essa grande figura da

democracia francesa,…

Risos do PS.

… dizia que «quando não temos nada para dizer, fazemos barulho». Foi aquilo que a Sr.ª Deputada e o CDS

aqui fizeram nos últimos dias!

Aplausos do PS.

Não tem nada para dizer e faz barulho!

A vida política não é, propriamente, um parque infantil e o Parlamento não é, propriamente, um jogo de

berlindes.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mas parece!