21 DE FEVEREIRO DE 2019
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Protestos do Deputado do PS Porfírio Silva.
Mas não importa, porque os dados de execução financeira, ou seja, aquilo que realmente utilizam, não dão
capas de jornal. O Governo cativa o futuro e a propaganda fica feita.
É um tempo novo em que os amigos não têm de cumprir regras para ocupar cargos e os trabalhadores que
denunciam falta de manutenção nos comboios são afastados. É um tempo novo onde se afastam pessoas que
discordam, como no INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), porque quem se
mete com o PS, leva.
Afinal, não é um tempo assim tão novo!
Aplausos do PSD.
É um tempo em que se substituem chefias da Autoridade Nacional de Proteção Civil com o critério socialista.
Quando ela falha estrondosamente, o Governo finge que não teve nada a ver.
Estes são os novos tempos de um País onde se roubam armas em instalações militares e o Governo fala de
empolamento político; são os tempos do fim das dificuldades, em que morrem pessoas em outubro porque o
Governo não aprendeu nada com as falhas de julho — é o Governo que falha antes, durante e depois da tragédia
—, são os tempos em que caem helicópteros de emergência médica e ninguém tem responsabilidades, em que
caem motores de comboios em andamento, mas o que importa é que temos um Primeiro-Ministro que acredita
que as vacas voam.
Aplausos do PSD.
Este é o Governo das boas notícias, em que o Primeiro-Ministro vai de férias quando a realidade é tão grave
que não suporta meias-verdades.
Esta é a história do Primeiro-Ministro António Costa, que foi jogando ao jogo do «poucochinho» convicto de
que as pessoas pagariam tão caro pela bancarrota socialista que esqueceriam os seus responsáveis e puniriam
o Governo de Passos Coelho por resgatar o País. A história de um Governo que nunca imaginou ser possível
dizer às pessoas, com honestidade, aquilo que as espera e, em conjunto com elas, salvar o País e pô-lo
novamente a crescer.
Aplausos do PSD.
Esta é a história de um Primeiro-Ministro que distingue, de facto, entre portugueses e eleitores, e é por isso
que acaba a chegar escondido…
O Sr. Ascenso Simões (PS): — Escondido?!
A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — … à convenção que teve no sábado, para fugir do encontro com os
portugueses que não estão a fazer o jeitinho de se comportarem como bons eleitores.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Porfírio Silva (PS): — O quê?!
A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Para o PSD, a competência na governação não é medida pelo
populismo do que se apregoa, mas pela coragem e seriedade de se encararem os problemas e pôr em prática
as soluções.
Como disse o Presidente do PSD, Dr. Rui Rio, os portugueses escolherão em cada momento aqueles que
lhes inspirarem mais confiança em função da credibilidade que lhes conferirem.