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I SÉRIE — NÚMERO 68

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É que de anúncios esta Legislatura foi fértil. Vá dizer isso ao hospital de Viseu, com a promessa do centro

oncológico, a promessa de que agora é que era! Vá dizer isso lá para Viseu, àquelas populações que esperavam

um centro oncológico, que o ex-Secretário de Estado foi inaugurar e que — pasme-se! — agora é que já não

será.

Portanto, qual é a credibilidade que os senhores têm para vir aqui hoje fazer um discurso desta natureza?!

Pergunto-lhe mesmo, Sr. Deputado: qual é a credibilidade que têm, ao virem aqui falar de prioridade para a

saúde e para os doentes crónicos, quando, na rede de cuidados continuados, têm as listas de espera a

aumentar, as dívidas a aumentar e há um incumprimento dos protocolos com as entidades do setor social, com

as quais têm uma dívida acumulada que asfixia a sua sustentabilidade e prejudica os cuidados aos pacientes?!

Qual é a vossa credibilidade?!

O CDS vai continuar a fazer aquilo que sempre fez, e não tem aqui batalhas perdidas, porque estamos do

lado da verdade e da realidade. O mesmo já não podem dizer os senhores!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É verdade! Bem lembrado!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Depois do debate de hoje — e estamos a caminhar para o

encerramento —, só podemos dizer isto: o Governo falhou e o PS, assim, não irá longe.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Sales.

O Sr. António Sales (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto, não consigo agradecer-lhe

a pergunta que me fez, porque não sei qual foi a pergunta que me fez.

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Centro oncológico de Viseu! Diga lá!

O Sr. António Sales (PS): — Mas, Sr.ª Deputada, se a pergunta é sobre a nossa credibilidade, digo-lhe que

é a credibilidade que o povo português nos quiser dar nas próximas eleições. Essa é que é a nossa credibilidade!

Aplausos do PS.

E é a credibilidade que fomos construindo ao longo destes quatro anos da Legislatura, Sr.ª Deputada! Essa

é que é a credibilidade!

Mas, provavelmente, houve coisas que a Sr.ª Deputada não gostou de ouvir, como, por exemplo, o facto,

que referi na minha intervenção, de os senhores privilegiarem os seguros de saúde. Não comentou isso, Sr.ª

Deputada! É que a Sr.ª Deputada até se esqueceu de que, nas linhas-mestras programáticas do programa do

seu Governo, concretamente no n.º 6, diz-se isto mesmo: «O Partido Popular defende que a gratuitidade

universal no acesso à saúde deverá ser substituída por um sistema baseado no seguro de saúde». Já se

esqueceu disto, Sr.ª Deputada?!

Protestos do CDS-PP.

Só se lembrou de falar do investimento. Mas, sobre o investimento, a Sr.ª Ministra já lhe respondeu; sobre

as listas de espera, a Sr.ª Ministra já lhe respondeu; sobre o aumento de 600 000 cirurgias, a Sr.ª Ministra já lhe

respondeu; sobre o aumento de 30 000 consultas, a Sr.ª Ministra já lhe respondeu.

Ó Sr.ª Deputada, o que é que quer perguntar?! É que não perguntou nada!

Aplausos do PS.