O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 68

32

O Sr. Luís Graça (PS): — Ora, estamos, hoje, a falar de um edifício de quatro pisos, de modo a permitir uma

reorganização dos espaços do Hospital de S. Bernardo e do hospital do Outão, concentrando no mesmo território

todo o centro hospitalar, com ganhos de eficiência e de acessibilidade aos utentes.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Isso é para quando? Quando?

Vozes do PS: — Oiça, oiça!

O Sr. Luís Graça (PS): — Podiam ter visitado o investimento de 2 milhões de euros na remodelação do

parque informático, não para melhoria administrativa mas para melhoria clínica e no acesso dos doentes, mas

não o fizeram.

Sr.ª Deputada Assunção Cristas, Srs. Deputados do CDS, o Serviço Nacional de Saúde ainda não é aquele

que nós queremos que seja, mas também não é aquele que os senhores gostavam que fosse e que procuraram

diminuir neste vosso roteiro, parcial, negativo e derrotista.

Aplausos do PS.

Se me permitem, os velhos do Restelo nunca contribuíram para a resolução de qualquer problema ou

constrangimento.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Luís Graça (PS): — Os velhos do Restelo nunca conseguiram demonstrar qualquer capacidade para

inovar e melhorar. Os velhos do Restelo nunca conseguiram mobilizar os portugueses e o País.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Moisés

Ferreira, do Bloco de Esquerda.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Nós já desconfiávamos que aquilo a

que o CDS-PP chamou de interpelação não passasse de uma encenação — tínhamos alertado para isso. Uma

encenação fraquinha, é verdade, continuou fraquinha e confirmou-se que não passava dessa encenação.

Dentro do género teatral, até conseguimos identificar bem o tipo de encenação: uma farsa, uma completa

farsa foi aquilo que aqui foi trazido!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Teatro?!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — É melhor não falar em teatro!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Farsa porque fala do Serviço Nacional de Saúde quem nunca o quis, quem,

em 1979, votou contra o Serviço Nacional de Saúde e propôs uma alternativa, é verdade! Havia um projeto de

lei alternativo do CDS-PP que propunha a medicina privada como regra.

Farsa, farsa do CDS-PP e de quem vai a reboque, chamado PSD, que, em 1990, aprovaram a Lei de Bases

que obrigou, e obriga, o Serviço Nacional de Saúde abdicar de profissionais, a abdicar de camas, a abdicar de

orçamento, tudo para engordar o negócio da saúde.

Farsa do CDS-PP e de quem vai a reboque, chamado PSD, que estiveram no Governo que tirou mais de

1000 milhões de euros ao orçamento do Serviço Nacional de Saúde.

Farsa de quem teve um Vice-Primeiro-Ministro — irrevogável, mas depois não — que produziu um guião de

reforma do Estado que dizia o seguinte: «Acordos com o setor privado e social, nomeadamente através da

avaliação de novos formatos de pareceria, designadamente na cessão de exploração de algumas unidades do

atual parque hospitalar.» Tratava-se, trocado por miúdos, da entrega de hospitais ao setor privado.