I SÉRIE — NÚMERO 82
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Protestos do BE.
O Sr. Carlos Silva (PSD): — Portanto, sobre essa circunstância, estamos conversados.
O Sr. Paulo Neves (PSD): — Quatro Orçamentos!
O Sr. Fernando Manuel Barbosa (BE): — E os quatro anos anteriores?!
O Sr. Carlos Silva (PSD): — Sr. Deputado Pedro Coimbra, relativamente ao tempo dos comboios da CP,
tenho de lhe dizer o seguinte: estão cada vez mais atrasados. Neste momento, estão ao nível do foguete dos
anos 70!
Risos do PSD.
Não é dos de agora! É do foguete dos anos 70!
Aplausos do PSD.
Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias.
Mesmo para terminar, quanto a dizer que Sines está ligado à Europa, não está! Esse é que é o problema! A
ligação à Europa desde Sines é feita através de uma linha com pendentes várias, altamente complicada, via
única, repito, via única, em bitola ibérica. Isso não é ligar à Europa!
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Vocês sabem tudo é quando estão na oposição!
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Retornamos às intervenções.
É, agora, a vez do Partido Socialista. Sr. Deputado Hugo Costa, faça favor.
O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O debate da ferrovia é, claramente,
estruturante para o País. O Grupo Parlamentar do Partido Socialista assume essa importância e a necessidade
de uma aposta clara neste vetor dos transportes.
A ferrovia é, por isso, uma prioridade deste Governo que pode ser consubstanciada na estratégia do Ferrovia
2020 e nas obras constantes do Plano Nacional de Investimentos.
Falamos da aposta na descarbonização e no incentivo à utilização dos transportes públicos e temos de ser
efetivos nessa aposta. Todos reconhecemos que é preciso uma CP de qualidade e eficaz, mas sem demagogia,
e estamos conscientes de que anos e anos de desinvestimento são difíceis de recuperar.
Este Governo, por exemplo, com a aquisição de 22 novos comboios regionais está a realizar o maior
investimento em aquisição de material circulante dos últimos 20 anos.
Portugal precisa de investimento na rede e no material circulante, quebrando anos e anos de atraso,
nomeadamente invertendo a estratégia de desinvestimento do anterior Governo — com responsabilidades
claras do PSD e do CDS — que colocou em marcha, por exemplo, um plano de desmantelar a EMEF, que é
crucial para a situação ferroviária do País. O desmantelamento da EMEF era a estratégia do PSD e do CDS.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Bem lembrado!
O Sr. Paulo Neves (PSD): — E qual é a vossa?!