11 DE MAIO DE 2019
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público tem de ser assacada quer ao PS, quer ao PSD, quer ao CDS, que continuam a apostar neste modelo
que está caduco e falido.
Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Eduardo Ferro Rodrigues.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir, se faz favor.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Para terminar, Sr. Presidente, pretendo apenas focar um ponto: para o PCP,
é fundamental a educação em proteção civil. Temos de melhorar a capacidade, o conhecimento, a formação
dos portugueses,…
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — … desde a escola até à terceira idade, no que diz respeito à formação em
proteção civil, porque são esses, efetivamente, os primeiros agentes de proteção civil em situação de desastre.
Aplausos do PCP e de Os Verdes.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Rubina Berardo, do Grupo
Parlamentar do PSD.
A Sr.ª Rubina Berardo (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas: A inquietante pergunta
que trouxemos ao Plenário foi a seguinte: será que o Governo lidou da maneira mais íntegra, mais transparente,
mais eficaz com a solidariedade europeia, na sequência dos incêndios em Portugal?
Srs. Deputados, pode não ter sido ilegal, mas é certamente imoral.
Protestos do PS.
Srs. Deputados, os argumentos aqui elencados pelos partidos que apoiam o Executivo não convencem nem
sequer explicam as opções erradas do Governo na definição das regras de aplicação e execução do Fundo de
Solidariedade da União Europeia.
As vossas intervenções, as da bancada do PS, do Bloco de Esquerda, do PCP, só demonstram que são a
lavandaria política do Governo socialista.
Protestos do Deputado do BE Luís Monteiro.
Preferem branquear o Governo do que exigir maior transparência e melhor execução destas verbas, Srs.
Deputados. Só demonstram que são a lavandaria política do Governo!
Aplausos do PSD.
Srs. Deputados, a alocação de mais de 50% das verbas do Fundo para os serviços centrais dos ministérios,
ao invés de utilizar verbas dos Orçamentos do Estado, é uma nova forma de cativação, desta vez sobre a
solidariedade europeia. Esta opção diminui, naturalmente, as verbas disponíveis para as candidaturas das
autarquias por funções essenciais das populações afetadas e a execução das candidaturas do Fundo, até ao
momento, antevê um elevado risco de perdas de verbas comunitárias.
Srs. Deputados, se dúvidas houver, basta consultar a página da internet do Portugal 2020 — candidaturas
abertas, compensações de danos dos incêndios de 2017 — e vemos «sem resultados». É assim que se
descreve, de forma sintética, mais um capítulo da desgovernação e da atuação do Governo socialista nesta
matéria: sem resultados!
O PSD está profundamente apreensivo face ao enorme trabalho de recuperação que ainda está por fazer.