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I SÉRIE — NÚMERO 90

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Por isso, sem dúvida nenhuma, continuaremos a afirmar este caminho e a repudiar, clara e inequivocamente,

qualquer comentário que seja feito sobre adulteração de qualquer tipo de listagens e sobre qualquer

manipulação ou falseamento de listagens de tempos de espera.

Foi já muitas vezes rebatido que esta circunstância se prende com a necessidade de melhorar os indicadores

de acesso e que teve o envolvimento claro de médicos de todo o nosso País e da coordenadora da unidade de

gestão do acesso, da ACSS, que é, ela própria, uma profissional de grande craveira e de elevada

responsabilidade, e que jamais pactuaria com situações do tipo daquelas de que temos sido vilmente acusados.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Passamos agora à fase das intervenções. Face aos tempos disponíveis

que constam do painel, diria que passamos às intervenções possíveis

Tem, assim, a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Moisés Ferreira.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra e restantes Membros do Governo, Sr.as e Srs.

Deputados: O PSD marcou este debate e dizia, na imprensa, que tinha marcado este debate porque o Serviço

Nacional de Saúde precisava de um plano de urgência.

Não ouvimos nenhuma proposta, nem uma que fosse, do PSD…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Bem visto!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — … para esse tal plano de urgência.

Não sabemos, sequer, o que querem dizer com esse plano de urgência que vinham debater à Assembleia

da República.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — É natural! Para vocês não há problema nenhum!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sabemos o que esse plano não é. Sabemos que, por exemplo, o plano de

urgência do PSD não passa, certamente, pela valorização dos profissionais.

É que quando votámos aqui propostas do Bloco de Esquerda para a abertura de concurso para contratação

de psicólogos, abstiveram-se, não quiseram saber; quando votámos propostas do Bloco de Esquerda para a

abertura de concurso para contratação de nutricionistas, abstiveram-se, não quiseram saber; quando votámos

propostas do Bloco de Esquerda para contabilização do tempo dos enfermeiros técnicos superiores de

diagnóstico e terapêutica, para relevar a sua carreira, abstiveram-se, não quiseram saber; quando votámos

propostas para criar e regulamentar a carreira dos técnicos auxiliares de saúde, abstiveram-se, também não

quiseram saber.

Também sabemos que este tal plano de urgência do PSD não passa pelo investimento. É que já votámos

aqui propostas do Bloco de Esquerda para a criação de um plano plurianual de investimentos e os senhores

votaram contra! Votámos aqui propostas do Bloco de Esquerda para o aumento da receita do INEM e os

senhores votaram contra! Votámos aqui propostas do Bloco de Esquerda para excecionar o Serviço Nacional

de Saúde da famigerada lei dos compromissos, e como votaram os Srs. Deputados? Contra!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Isso é a geringonça!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Portanto, o que é que resta deste plano de urgência do PSD? A privatização

do Serviço Nacional de Saúde, como se sabe.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Vocês é que assinaram posições conjuntas!