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I SÉRIE — NÚMERO 97

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Ora, para que isto aconteça, não basta o instrumento da coesão nem basta retirar à coesão as verbas para

podermos fazê-lo; deve haver uma verba e um programa destinados, exclusivamente, aos países da zona euro

e aos países que, dentro da zona euro, têm de fazer um esforço de convergência, que devem estar devidamente

articulados com as recomendações do Semestre Europeu.

Por isso, a existência destes 17 000 milhões de euros que possam ser reservados aos 19 países da zona

euro, e, de entre estes, àqueles que têm de fazer um esforço de convergência e que possam ter programas

específicos — por exemplo, no caso das nossas recomendações é investir em qualificações, investir na ferrovia

e na capacidade portuária e investir na descarbonização da economia —, é um complemento orçamental da

maior importância para podermos acelerar o processo de convergência com a União Europeia.

Por isso, não se trata de algo menor, pelo contrário, é algo absolutamente estratégico e essencial. Se, em

vez de 17 000 milhões, desejávamos que tivesse o dobro? Com certeza! O triplo? Ainda melhor! Mas há uma

coisa que é certa: há três anos e meio, quando começámos a colocar como prioritária a existência desta

capacidade orçamental para a convergência, era tabu para mais de metade dos membros do Conselho; hoje, já

é algo unânime entre os membros do Conselho.

O que está, neste momento, em aberto para discutir neste Conselho, depois do Eurogrupo, é a chave de

repartição entre os diferentes Estados. Aí creio que Portugal tem tudo a ganhar em aproveitar esta oportunidade

para criar um embrião que tenha uma capacidade, ainda que limitada, mas que tenha todo o potencial para se

desenvolver, crescer e atingir uma maturidade no futuro.

A nossa experiência é muito clara: não nos basta ter as verbas da coesão, temos de ter também as verbas

que aumentem a nossa competitividade, que aumentem o nosso potencial produtivo, porque só assim

poderemos, simultaneamente, ser mais coesos internamente mas também mais competitivos externamente.

Ora, é absolutamente essencial conseguir alcançar isto e é nesse quadro que iremos negociar e iremos

trabalhar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos assim ao fim da nossa ordem do dia. Agradeço ao Sr.

Primeiro-Ministro, aos membros do Governo presentes e a todas as Sr.as e Srs. Deputados.

Lembro que a reunião plenária de amanhã, com início às 15 horas, terá como único ponto um debate, ao

abrigo da alínea b) do n.º 3 do artigo 64.º do Regimento, requerido pelo CDS-PP, sobre o tema «em defesa dos

contribuintes, contra os abusos da Autoridade Tributária».

Srs. Deputados, nada mais havendo para tratar, dou por encerrada a sessão.

Eram 17 horas e 55 minutos.

Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.