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I SÉRIE — NÚMERO 103

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O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para a última intervenção sobre este ponto, tem a palavra o

Sr. Deputado Pedro Coimbra, do Partido Socialista.

O Sr. Pedro Coimbra (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em nome pessoal e em nome da

bancada do Partido Socialista, quero cumprimentar, saudar e dar as boas-vindas aos peticionários que hoje aqui

se encontram connosco a assistir à sessão.

Quero deixar-lhes, sobretudo, uma palavra de parabéns e de felicitação pela coragem e pelo desafio da sua

participação democrática, com a apresentação de uma petição, de um documento desta importância, saudando

também, desta forma, o movimento que representam e que muito justamente luta por esta causa.

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados foi criada por um Governo do Partido Socialista, uma

medida que o Governo liderado por Pedro Passos Coelho tudo fez para liquidar e com ela acabar.

Em boa hora, felizmente, hoje posso constatar que é uma rede nacional acarinhada por todas as populações

e pelos mais diversos grupos parlamentares. Ainda bem que é assim, porque ela presta um apoio essencial à

comunidade, às pessoas que dela necessitam e às suas famílias.

Depois do esforço de um Governo do Partido Socialista ter criado a Rede Nacional de Cuidados Continuados

Integrados, também é justo e devido assinalar, porque é factual, que é o atual Governo, liderado por António

Costa, que tem a preocupação em alargar esta rede de cuidados continuados a nível nacional. Sim, é verdade!

Durante a atual Legislatura, o Governo promoveu o alargamento do número de camas afetas a esta resposta.

Em 2015, havia 7481 camas a funcionar. Neste momento, em julho de 2019, há 8494 camas a funcionar, ou

seja, mais 1013 camas numa Legislatura.

Apesar disso, sabemos e compreendemos bem que as necessidades ainda não estão totalmente colmatadas

porque a procura ainda é superior à capacidade de resposta.

Por outro lado, o património histórico e cultural do Mosteiro do Lorvão, no concelho de Penacova, que é um

monumento nacional, tem uma enorme importância para o País e para toda a região. Assim sendo, tendo

também em conta os investimentos recentes na igreja, nos claustros e no museu, importa agora dar uma

ocupação digna ao antigo hospital psiquiátrico do Lorvão, podendo ser a Rede Nacional de Cuidados

Continuados Integrados uma excelente solução, seguramente a melhor.

No meu entender, os cuidados continuados parecem ser mesmo a melhor alternativa, embora haja outras

que também são dignas e que podem ser solução.

Seguramente estaremos todos de acordo se afirmarmos que é fundamental assegurar a preservação do

Mosteiro do Lorvão, da sua valorização e da sua divulgação, bem como garantir um acesso alargado a todos,

pois trata-se de um importantíssimo monumento nacional, que se for afeto à Rede Nacional de Cuidados

Continuados Integrados continuará, seguramente, a dar valor ao que ali foi feito no âmbito da saúde mental.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Rosa): — O Sr. Deputado Maurício Marques, que foi muito poupadinho,

quer ainda usar os 7 segundos que não utilizou há pouco e a que tem direito.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Maurício Marques (PSD): — Sr. Presidente, apenas a intervenção do meu colega e amigo Pedro

Coimbra me leva a usar da palavra.

O Deputado Pedro Coimbra referiu que há muitas camas no País, que há muita coisa no País. Só que, apesar

de haver muita coisa no País, em Penacova há muita coisa mas só no papel. No papel é que há muita coisa!

Em Penacova, estamos habituados a que haja uma autoestrada para Viseu no papel! Que haja um museu,

mas no papel, porque o museu que lá existe nem sequer abre!

O Sr. Presidente (José de Matos Rosa): — Sr. Deputado, tem de terminar.

O Sr. Maurício Marques (PSD): — Sr. Deputado, queria dizer-lhe que era importante que em Penacova

houvesse mais qualquer coisa do que no papel e que, na verdade, a unidade de cuidados continuados fosse