I SÉRIE — NÚMERO 59
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poluentes, cuidem-se!»; «Não temos mais margem!»; «Cuidem-se!»; «Não temos mais nada!…» Bom, peçam
ajuda ao PAN ou ao BE; talvez eles vos apoiem! Há um momento em que temos de olhar para a economia!
Sr. Deputado André Silva, li com muita atenção a sua iniciativa, assim como outra que acaba de chegar às
notícias sobre a reintegração das prostitutas em Portugal. Parecem propostas muito semelhantes, porque, de
facto, o Sr. Deputado diz que quer acabar com estes apoios mas não diz por que outros serão substituídos, diz
que quer reintegrar as prostitutas e elas próprias vêm dizer que não querem, porque iriam ganhar menos de 40
€ ou de 50 € por mês.
Os senhores têm de perceber o que é que querem, porque fingir que não existe uma parte do País que vive
disto, porque querer acabar com a TAP num dia e querer…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Como estava a dizer, querer tirar os apoios à TAP num dia e querer apoiar a TAP noutro, querer acabar com
a indústria no Norte num dia e querer apoiar os trabalhadores no outro, pois, não combina a bota com a
perdigota!
Os senhores têm de decidir o que é que querem, porque, qualquer dia, não haverá um trabalhador deste
País que vos leve a sério.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Cotrim
de Figueiredo.
O Sr. João Cotrim de Figueiredo (IL): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Esta temática do ambiente
tem também os seus populistas, os sacerdotes de uma quasi religião, os seus ídolos, os seus rituais, os seus
mandamentos, os seus hereges e, claro, os seus dogmas. Por exemplo, recusam-se a reconhecer a evidência
científica, a qual, normalmente, idolatrariam, que correlaciona fortemente a liberdade económica dos países com
a sua performance ambiental.
É nos países mais ricos e desenvolvidos que existe uma maior preocupação com o ambiente. É fácil de
perceber que as pessoas não vão estar preocupadas com o ambiente se tiverem fome ou frio, se estiverem
desempregadas ou ganharem uma miséria ou se estiverem preocupadas com a saúde ou com a educação dos
seus filhos.
É por este motivo que o crescimento económico é o melhor amigo do ambiente. Os populistas do ambiente
recusam esta evidência e apelam ao empobrecimento económico fingindo que são verdes, quando, na verdade,
são vermelhos por baixo da casca.
A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Que pouca criatividade!
O Sr. João Cotrim de Figueiredo (IL): — Como aconteceu sempre nas grandes encruzilhadas da
humanidade, foi a criatividade humana, suportada por investimento adequado, que produziu as inovações e o
progresso tecnológico que vieram resolver ou minorar esses problemas.
Criatividade, inovação e investimento são, portanto, as chaves para resolver os problemas e são
incompatíveis com o tipo de sociedade que os populistas do ambiente defendem.
Por isto, e em coerência com o nosso programa e prática política, iremos votar a favor desta proposta para
que o Governo não conceda apoios a indústrias poluentes. Pelo menos, é um caso em que podemos impedir o
Estado de se meter onde não deve na economia e de prejudicar o ambiente.
O Sr. Miguel Matos (PS): — Que incoerência!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma nova intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nelson
Peralta.