I SÉRIE — NÚMERO 27
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violência física, psicológica ou simbólica, cometidas tanto no espaço doméstico como no espaço público —,
sensibilizar a opinião pública e exortar à promoção de políticas públicas para prevenir e combater este flagelo.
A pandemia COVID-19 e as medidas associadas ao seu combate, nomeadamente o distanciamento social e
o isolamento durante os períodos de confinamento, assim como a combinação das tensões económicas e sociais
daí decorrentes, deixam mais vulneráveis e mais expostas à ocorrência de situações de violência doméstica as
mulheres, mas também as crianças e as pessoas idosas. Lutar e ultrapassar a grave crise de saúde pública que
vivemos exige medidas concretas e uma atenção redobrada para melhor proteger as vítimas de violência.
Os números já eram alarmantes antes da pandemia – 249 milhões de mulheres e raparigas, dos 15 aos 49
anos, foram vítimas de violência nos últimos 12 meses, de acordo com os dados da ONU – e subiram em tempos
de confinamento, tornando-se numa verdadeira «epidemia escondida».
Estudos promovidos pela Comissão Europeia mostram que o confinamento, ao promover o isolamento e um
maior contacto entre vítimas e agressores, aumenta o nível de violência a que as mulheres são sujeitas, devendo
desencadear um aumento dos níveis de alerta e de vigilância com o objetivo de combater a violência doméstica
e proteger as vítimas.
Neste sentido, a Assembleia da República, reunida em Plenário, saúda o Dia Internacional pela Eliminação
da Violência contra a Mulher e reafirma o seu empenho e compromisso permanentes na prevenção e combate
com vista à eliminação desta grave violação dos direitos humanos.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Vamos passar à votação do Projeto de Resolução n.º 653/XIV/2.ª (BE) — Pela valorização da carreira
docente.
Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PS e do CDS-PP, votos a favor do BE, do PCP, do
PAN, do PEV e das Deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e abstenções do PSD,
do CH e do IL.
Prosseguimos, com a votação do Projeto de Resolução n.º 660/XIV/2.ª (PCP) — Valorização dos professores
e educadores e melhoria das suas condições de trabalho.
Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PS, do PSD e do CDS-PP, votos a favor do BE, do
PCP, do PAN, do PEV e das Deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e abstenções
do CH e do IL.
Passamos à votação do Projeto de Resolução n.º 716/XIV/2.ª (PEV) — Atribuição de direitos devidos aos
professores.
Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PS, do PSD, do CDS-PP e do IL, votos a favor do
BE, do PCP, do PAN, do PEV e das Deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e a
abstenção do CH.
Prosseguimos, com a votação, na generalidade, da Proposta de Lei n.º 63/XIV/2.ª (GOV) — Procede à
suspensão excecional de prazos associados à sobrevigência e caducidade de convenção coletiva de trabalho.
Submetida à votação, foi aprovada, com votos a favor do PS, do BE, do PAN e das Deputadas não inscritas
Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira, votos contra do PSD, do CDS-PP e do IL e abstenções do PCP, do
PEV e do CH.
A proposta de lei baixa à 10.ª Comissão.