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I SÉRIE — NÚMERO 52

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possibilidade do papel e fixe esses preços máximos, mas que vá mais longe e assegure que estes testes são

levados a sério e não são meras curiosidades de tempos de pandemia.

É preciso que haja um papel mais ativo das farmácias, com a obrigatoriedade de entrega do teste com registo

do resultado, para que possa haver um efetivo controlo dos resultados.

É preciso que o Governo garanta a testagem massiva das populações, em especial das populações mais

vulneráveis, dos utilizadores de transporte público e dos trabalhadores que têm maior contacto com o público.

Num momento em que nos aproximamos a passos largos da reabertura das atividades culturais, é preciso

que o Governo garanta a testagem massiva destes profissionais, não só para os proteger mas principalmente

para reforçar a ideia de que a cultura é segura.

No que toca à vacinação, por um conjunto de razões, algumas alheias ao nosso País, não está a correr como

desejada. Contudo, foi-nos prometido que nas próximas semanas teríamos um tsunami de vacinação. Fazemos

votos para que este tsunami não se transforme num layday, com um mar flat que faça do plano de vacinação

um flop.

Quanto à área da educação, o Governo tem de garantir a vacinação de todos os agentes educativos. Não

pode haver profissionais de primeira e de segunda, não se pode continuar a seguir a lógica de que basta apenas

vacinar professores e auxiliares, esquecendo os assistentes operacionais e demais funcionários das escolas,

os quais estão sujeitos a igual ou maior risco.

Se nos prometem um tsunami, não se devem esquecer de antecipar a vacinação da população incluída na

faixa etária dos 40 aos 60 anos, tendo em conta o elevado nível de ocupação nos cuidados intensivos que se

tem verificado neste grupo etário, e de incluir os trabalhadores de todos os serviços essenciais, sejam eles do

público ou do privado.

Termino enaltecendo, mais uma vez, todos os profissionais de saúde e outros profissionais da linha da frente,

relembrando que, enquanto muitos e muitas estão em casa, profissionais como operadores de caixa de

supermercado, carteiros, motoristas ou estafetas da Uber Eats nunca deixaram de trabalhar, pois mesmo

durante o confinamento continuaram sempre expostos ao vírus. A todos estes profissionais devemos não só o

nosso agradecimento em palavras mas também em ações, colocando-os na linha da frente da vacinação.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Silva, de Os Verdes.

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Um ano e

dois confinamentos muito difíceis depois, com todo o conhecimento acumulado pelos técnicos que estiveram

sempre ao lado do Governo e disponíveis para prestar esclarecimentos aos Deputados desta Assembleia e com

os números a diminuírem de forma consolidada, este é o tempo de se olhar para o futuro.

Os Verdes consideram que já não é tempo de estarmos a debater mais um estado de emergência. Este é o

tempo de se encontrarem medidas preventivas e implementá-las para que possamos retomar a vida em

segurança nas mais variadas áreas, na educação, no emprego, na cultura, no desporto, no turismo.

É tempo de, continuando muito atentos à situação epidemiológica, não vacilando perante o perigo nem

desvalorizando por 1 minuto sequer os riscos de uma doença estranha e ainda não dominada, dar início a uma

avaliação séria sobre a situação económica, social e de saúde dos portugueses, sabendo quais as suas

necessidades e reforçando os apoios para que os micro e pequenos empresários possam continuar com as

portas abertas, ou reabri-las, garantindo os postos de trabalho.

É tempo de conter os despedimentos em massa, mesmo quando prevalece o estado de emergência e o

Governo anuncia medidas umas atrás das outras de apoio às empresas.

É tempo de perceber se esses apoios estão a chegar às empresas e se elas os estão a aplicar no que é o

mais importante, a defesa das condições dos seus trabalhadores.

É tempo de o Governo português fazer uma de duas coisas, ou eventualmente as duas: assumir o seu papel

na presidência da União Europeia, procurando alargar a oferta de vacinas enfrentando os poderosos interesses

das farmacêuticas e exigindo-lhes o cumprimento dos contratos, ou garantir, no plano nacional, a compra de

mais vacinas a outros fornecedores. Se há aspeto que não se entende é porque é que há tantas exceções

justificadas para o que é essencial, pela situação extraordinária que estamos a viver. É preciso seguir todas as

regras, todos os passos, respeitar todas as ordens que vêm de Bruxelas.

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