I SÉRIE — NÚMERO 79
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O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António
Sales.
O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, agradeço aos
Srs. Deputados Rui Cristina, Moisés Ferreira, Mariana Silva, Paula Santos, Telmo Correia e Bebiana Cunha as
perguntas que fizeram.
Sr. Deputado Rui Cristina, começou por dizer que estava abismado. Bom, eu diria que abismados ficamos
nós quando percebemos que a oposição, que devia ser responsável, não diz nada quando Portugal está, de
facto, em melhor situação do que os restantes países da Europa.
Sr. Deputado, isso não é, de facto, o mais importante. Não estamos num ranking de países. Esta é uma luta
da humanidade, em que, naturalmente, há muita incerteza e em que, garantidamente, continuamos a ignorar
muitas situações. Por isso, Sr. Deputado, não tem de ficar abismado. Tem de perceber que temos de ir ajustando
as nossas políticas à evolução da própria pandemia.
Sobre a comunicação, que também referiu, reconhecemos que a comunicação é, de facto, um exercício
desafiante da pandemia. Mas uma coisa é certa: a oposição também não tem contribuído para essa melhoria.
Muitas vezes, nem leem os documentos e preferem o ruído e a politiquice à leitura atenta dos documentos.
Aplausos do PS.
O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Não lemos os documentos?! Sinceramente!
O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Saúde: — O Sr. Deputado Rui Cristina falou, também, das
desigualdades geográficas.
Sr. Deputado, neste momento, no Norte, 41% da população já levou a primeira dose da vacina e 27% a
segunda dose. No Centro, 48% já levou a primeira dose e 29% a segunda dose. Em Lisboa e Vale do Tejo
(LVT), 41% já levou a primeira dose e 20% a segunda dose. No Alentejo, 50% já levou a primeira dose e 30%
da população já tem a vacinação completa. No Algarve, 38% já levou a primeira dose e 24% da população já
tem a vacinação completa.
Sr. Deputado, estamos a fazer um esforço no sentido de dar uma equidade cada vez maior às diferentes
regiões, sendo os números que lhe apresentei, todos eles, ainda assim, muito similares. Obviamente, a evolução
epidemiológica, em cada uma das regiões, é diferente, e isso é algo a que temos de estar atentos.
Relativamente à Norma n.º 019/2020, quanto à testagem, Sr. Deputado Rui Cristina, posso dizer-lhe que fui
muito explícito. Onde a resolução do Conselho de Ministros (RCM) diz «podem», temos de dizer, obviamente,
na norma da testagem, «recomendamos». Recomendamos para algumas entidades, como empresas, a
Administração Pública e outras. Onde a RCM diz «devem», só há um significado em português: é «estar
obrigado a». Repito: «devem» significa «estar obrigado a». Portanto, devem estar obrigados a fazer a testagem
em eventos familiares, em casamentos e, como já disse, noutros eventos culturais possíveis.
Também falou na questão da fiscalização. Obviamente, há uma corresponsabilização por parte dos
promotores nesta fiscalização, bem como das autoridades, como também é significativo, nomeadamente em
situações de amostragem.
O suporte de custos nos eventos culturais — também já o dissemos e voltamos a dizê-lo — é imputado, com
certeza, ao consumidor final.
O Sr. Deputado Moisés Ferreira também falou na testagem. Sr. Deputado, fizemos mais de 12 milhões de
testes e temos 162 laboratórios a testar. De facto, estamos a fazer mais de um milhão de testes.
Aplausos do PS.
Portanto, Sr. Deputado Moisés Ferreira, estamos a trabalhar e a reforçar a testagem, nomeadamente nas
regiões onde a evolução epidemiológica assim o exige, como é o caso da Região de Lisboa e Vale do Tejo.