I SÉRIE — NÚMERO 15
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Queremos também deixar uma palavra de esperança a todos aqueles que, tendo sofrido da doença
COVID-19, ainda sentem, hoje, as consequências na sua saúde, nas condições económicas e sociais, no seu
dia a dia, na sua vida.
É ainda, também, nossa obrigação assinalar e agradecer a todos os profissionais de saúde e serviços
essenciais o esforço, o trabalho, a entrega ao combate a esta pandemia, que, conjugados com o avanço
científico e técnico, nos permitiram chegar a este momento de esperança no reforço de relações sociais mais
fraternas, mais próximas.
Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Presidente, associamo-nos, saudamos e estamos solidários.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — É a vez do Grupo Parlamentar do PSD. Tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A pandemia da COVID-19 foi uma tragédia — mais de 17 000 portugueses mortos, quase 1 milhão de infetados, vidas sobressaltadas e
perturbadas, cidadãos num esforço extremo para poder acorrer às várias circunstâncias e às várias exigências
que nos traz uma pandemia.
Portugal, como o resto do mundo — a Europa, em particular —, sofreu aqui um momento de grande
ansiedade, um momento trágico. E nós não podemos perder a memória desses momentos. A memória é algo
que nos resgata deste passado tenebroso e que nos atira para um futuro de esperança.
Por isso, podemos ter esperança, porque reganhámos esta esperança no empenho dos nossos
profissionais de saúde ou de educação, dos profissionais dos serviços públicos, dos serviços municipais, dos
mais modestos aos mais responsáveis. E estes momentos de memória resgatam-nos e dão-nos a esperança
para o futuro.
Por isso, saudamos este voto, saudamos esta iniciativa, Sr. Presidente, e os cidadãos que a ela se
entregaram. Saudamos, em particular, aqueles que alimentam a esperança de que vale a pena, em Portugal,
termos uma vida de futuro porque temos realmente uma sociedade com imensa capacidade, com imensos
recursos.
Hoje, constatamos que, na Europa — sobretudo, na Europa, à qual pertencemos e onde vivemos —, se
retomam as dinâmicas da infeção, com o número de mortos a crescer em variadíssimos países que convivem
connosco. E nós, no entanto, estamos aparentemente, durante algum tempo, a salvo, porque fomos realmente
solidários, porque fomos responsáveis, porque tivemos uma noção do que é esta relação irmã, esta relação
fraterna, que se exige nestes momentos de tragédia, como foi este momento da pandemia.
Por isso, Sr. Presidente, louvo esta iniciativa, esperando que, no futuro, sejamos capazes de responder aos
desafios imperativos das tragédias e não esquecendo todos aqueles para quem o Grupo Parlamentar do PSD
dedica a sua solidariedade, os seus sentimentos fraternos e amigos por que muitos portugueses sofreram, e
nós estamos com esses portugueses.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP, o Sr. Deputado Telmo Correia.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Promotores da iniciativa Jornada de Memória e Esperança: Começaria, obviamente, em relação a esta matéria, por juntar-me às
palavras de pesar pelas vítimas, por todos aqueles que perderam a vida, de solidariedade com as suas
famílias e também com aqueles que, tendo sofrido esta doença, não saberemos nunca quais serão,
completamente, as consequências que daí poderão advir. Temos, pois, de juntar a nossa voz às palavras de
pesar e de solidariedade.
Mas, quando falamos em memória, convém também percebermos que essa memória tem de ser inteira,
tem de ser integral e tem de ser verdadeira. E uma memória verdadeira sobre esta matéria leva-nos a
situações que correram bem, a situações que correm menos bem e até a algumas situações que correram