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11 DE JUNHO DE 2022

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O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — E deveríamos lembrar-nos disso todos os dias, quando aqui legislamos sobre a morte e sobre a sua antecipação.

Esta é também uma questão de consciência, e é uma questão de consciência que mobiliza a sociedade civil.

É por isso que o Chega não tem medo de ouvir os portugueses. Ao contrário de outros, nós não temos medo de

ouvir Portugal, ao contrário dos que se querem fechar aqui, no Parlamento, com um dado muito curioso, que

hoje tem de ser assinalado: é que o PS diz que está muito confiante na eutanásia, mas, por alguma razão, omitiu

a eutanásia do seu programa eleitoral às eleições legislativas de 30 de janeiro.

Aplausos do CH.

Essa é a verdade! A verdade é que têm medo de ouvir os portugueses, e eu compreendo, Srs. Deputados,

que o PCP e o Bloco tenham medo de ouvir os portugueses. Não correu bem, na última vez que o fizeram. Mas

o PS, que teve maioria absoluta, fugir a ouvir a sociedade civil e a ouvir os portugueses, num tema que a cada

consciência diz respeito e que para todos nós tem um ponto de significado, significa uma coisa: esse medo

tremendo de ouvir o povo em matérias em que sabem que o povo queria ser ouvido.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — Mas não podia deixar de fazer esta intervenção sem me referir aos famosos liberais, que querem sempre liberdade para tudo menos para ouvir o povo português.

Aplausos do CH.

Repito, liberdade para tudo e para mais alguma coisa, menos para ouvir os portugueses.

Cito, como provavelmente não voltarei a fazer nesta Casa, João Cotrim de Figueiredo, a 22 de outubro de

2020: «O Iniciativa Liberal será a favor de um referendo sobre a eutanásia para evitar brechas legislativas.» É

curioso como a amizade ao Partido Socialista fez esquecer as brechas que havia nesta lei, para dizerem «vão

de qualquer maneira e sigam, que nós estamos aqui para isso».

Aplausos do CH.

Mas, Caro Deputado João Cotrim de Figueiredo, «Deus dá sono, mas nunca dorme» e nós não

esqueceremos que, no momento mais crucial de luta pela vida, o Iniciativa Liberal não esteve ao lado daqueles

que defendem a vida, esteve ao lado da esquerda e da extrema-esquerda na defesa da morte e da sua

antecipação. Não esqueceremos e o povo português também não esquecerá.

Aplausos do CH.

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — E muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, queremos um referendo porque queremos ouvir Portugal, queremos deixá-lo falar num tema tão sensível, e temos connosco bons exemplos. Para que o

PSD não se esqueça, vou voltar aqui a indicá-los: Aníbal Cavaco Silva disse que só fazia sentido um referendo

sobre esta matéria, mas podia citar também Marques Mendes, antigo líder do PSD, que disse que «só um

referendo sobre esta matéria faz sentido», ou Paulo Rangel, que disse que «só um referendo sobre esta matéria

faz sentido» ou — espantem-se! — Luís Montenegro, eleito líder do PSD há poucos dias, que disse que «é de

um referendo sobre a eutanásia que precisamos para resolver esta matéria».

Aplausos do CH.